DÚVIDAS

Andre[é]ia, Le[é]ia, Correia
Numa resposta a outra consulta, foi dito que Rebelo Gonçalves considerava as formas "Andrea" e "Lea" impróprias, devendo-se escrever Andréia e Léia (acentuadas aqui conforme a pronúncia brasileira, já que soam como "idéia" e "platéia", e não como "aldeia"). Há duas perguntas sobre tema semelhante que gostaria então de fazer: 1. O sobrenome Correa, imagino, também então não se justifica a não ser como manutenção de uma forma antiga, sendo que a forma moderna deveria ser Correia, está correto? E estaria então certo afirmar que o acento que muitos utilizam ("Corrêa") também não se justifica segundo as normas ortográficas atuais? Dessa forma, nem "Correa" (com e fechado) nem "Andrea" (com e aberto) seriam acentuados. 2. No Brasil são muito comuns os apelidos (no sentido brasileiro de «apodo», «cognome», não de «sobrenome») Teo para Teodoro, Leo para Leonardo, etc. A pronúncia desses apelidos tem o ditongo /éu/, como em céu, e por isso é muito comum vê-los escritos com acento agudo ("Téo", "Léo", etc.). Essa acentuação gráfica, contudo, também não se justifica pelas regras ortográficas atuais, ou estou enganado? Desculpem-me pela longa (e talvez um pouco confusa) mensagem, e obrigado desde já pela atenção.
O significado de "rabusana" (Beira, Portugal)
Em tempos, perguntei-vos o significado da palavra rabozano. Ao ler, Terras do Demo, de Aquilino Ribeiro, a pp. 164, edição do Círculo de Leitores, deparo com uma palavra semelhante, quanto mais não seja em relação à pronúncia: rabusana. Gostaria de saber o seu significado. Eis o contexto em que a palavra é empregada: «O Zé da Claudina, que voltava da vila de buscar o Sr. Inácio Mioma, arremetendo pela tasca dentro, de sapatos e pau argolado, pedia também uma peixota [refere-se a bacalhau], das medianas. E o Rola, então, afoitou-se antes que o outro escolhesse: — Ora… um dia não são dias. Pese lá esta rabusana!» Muito obrigado.
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