O aumentativo de camisa
Qual o aumentativo de camisa?
Dúvidas sobre porque e por que, ainda e sempre
Penso que usamos correctamente por que quando se trata de uma pergunta, seja ela feita directa ou indirectamente (Ex.: «Por que faltaste?» ou «Ela perguntou-me por que faltei.»/«Ela perguntou-me por que motivo/razão faltei.»)
A grafia de malvisto
Como se deve escrever, «malvisto», ou «mal visto»? Em contexto, por exemplo: «O João ficou mal visto por estar embriagado no velório do avô.»
Obrigado.
«Campeonatos Municipais de Futebol»
Qual o correto?
1 — Regulamento Oficial dos Campeonatos Municipal de Futebol
Obs. «Campeonatos» porque abrange várias categorias.
2 — Regulamento Oficial dos Campeonatos Municipais de Futebol
3 — Regulamento Oficial do Campeonato Municipal de Futebol — todas as categorias.
Contexto: A dúvida surgiu com a emissão do referido regulamento, sendo que algumas pessoas entendem que:
1 — seria "Campeonatos Municipal" — porque refere-se ao Campeonato e suas várias categorias, sendo "municipal" o município;
2 — seria "Campeonatos Municipais" — por questão de concordância, sendo que «municipais» refere-se as atividades desenvolvidas pelo município e não ao próprio município.
Ainda o «Estado-membro»
Voltando à questão, já abordada, de termos como «Estado-membro», grafados com ou sem hífen, um dos consultores do Ciberdúvidas afirma a dada altura, nos seus esclarecimentos: «... é a mesma regra (sem hífen), quando nos referimos a clube membro, empresa associada, sócio gerente, administrador delegado, etc., etc.».
No entanto, a minha dúvida tem que ver com a questão daquilo a que, à falta de melhor, chamarei de «simultaneidade» da situação do sujeito. Explico-me: «sócio-gerente» não deverá grafar-se com hífen, precisamente por a pessoa ter a qualidade de ser simultaneamente «sócio» e «gerente» da empresa? A palavra «gerente», pelo que vi no dicionário, tanto pode ser um adjectivo, e, neste caso, sim, estaria apenas a qualificar o sócio (portanto não se justificaria a utilização do hífen), mas pode também ser, ela própria, um substantivo, e, nesse caso, estaremos perante um composto de dois substantivos, onde suponho que se justifica a utilização do hífen (como, por exemplo, em «capitão-tenente»).
Será possível darem mais uma pequena achega a este assunto, por favor?
O verbo intervencionar
Gostava de saber se o verbo "intervencionar" existe, uma vez que não consta nos dicionários. Presumo que seja usado apenas no Brasil.
Obrigado.
Sobre «a propósito» e «de propósito»
Quando quero dizer que alguém fez algo propositadamente, devo utilizar «a propósito», ou «de propósito»?
Obrigada!
O bê-á-bá
Como se escreve de maneira correcta "b-a-bá"?
Maiúsculas nos compostos
Se, em trabalhos académicos, ao fazer citações e referências bibliográficas, o hábito português e o Acordo Ortográfico (e não sei se a NP 405) requerem que se iniciem as palavras de sentido pleno do título de uma obra em maiúsculas (deixando em minúscula as não flexionadas — excepto se iniciam título ou subtítulo), o que fazer com o segundo membro de um nome comum composto unido por hífen? Fica em minúscula, por se entender que integra a palavra, dela é parte indissociável, como um "continuum" (isto é, tudo junto é que constitui a palavra significativa) — uma razão semântica?
Ou inicia também esta segunda em maiúscula, pois se mantém a consciência da composicionalidade e a imagem dum lexema que continua a ter (noutros contextos) vida autónoma — uma razão gráfica —, tal como o entendemos nos compostos (lexias complexas, segundo certos autores, algumas delas semelhantes a meras colocações...) não unidas por hífen (ou de estrutura mista), como «fogão a gás», «máquina de lavar roupa», «energia nuclear», «escova do limpa-pára-brisas»:
«A Decoração da Casa de Banho, da Sala de Jantar e do Salão Nobre do Palácio Real»?
Assim, será correcto «Uma Casa à Beira-mar no Século XIX», ou «à Beira-Mar»?
«O Caso do Tenente-coronel da 2.ª Companhia», ou «do Tenente-Coronel»?
«O Guarda-chuva Colorido», ou «O Guarda-Chuva Colorido»?
Tal como "As Pinturas do Salão de Chá"...
E quando um dos elementos é um radical que não tem uso autónomo, no português actual?
«As Auto-estradas no Período pós-Revolução», «auto-Estradas» — ou é como em «As Vias Rápidas»?
«Nem Tudo É Bio-degradável»?; «Incentivar o Micro-Crédito»?
«O Dia-a-Dia [dia-a-dia (?)] de um Luso-Descendente?», «dos Afro-americanos» — um maiúscula e outro não?
E, já agora, nos derivados, por exemplo, o que fazer com um prefixo?
«Notícia das Infra-estruturas no ex-Congo Belga», «das infra-Estruturas», ou «das Infra-Estruturas no Ex-Congo»?
«O Pós-Operatório em Oncologia»?
«A Tradição do Acordo Pré-nupcial na Cultura Ibérica», «pré-Nupcial», ou «Pré-Nupcial»?
Perante tanta variedade, talvez devamos já simplificar — só maiúscula na primeira —, conforme o novo Acordo Ortográfico...
Agradeço a vossa resposta, sublinhando que a dúvida é só relativa às regras da escrita de títulos (artigos, partituras, gravuras, filmes, livros), sem que confundamos com o que a tradição chama nomes próprios (sejam antropónimos, topónimos, orónimos...), pois estamos perante convenções gráficas (algo semelhante sobre prefixos e N.P. foi já respondido em http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2568 e http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=2740).
A definição de tarde e noite
Como se define o que é tarde e noite?
Como neste exemplo: «A reunião começa às 6 da tarde.»
Ou se escreve «às 6 da noite»?
Quando é que se determina se a hora é tarde ou noite?
Obrigado.
