Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Uso e norma
Ana Reis Professora/tradutora Madrid, Espanha 14K

Ao trabalhar os tempos compostos e simples do conjuntivo, deparei-me com uma dúvida quanto à hipótese/concretização da ação expressa em cada um dos casos.

O tempo composto do conjuntivo, tanto no futuro, como no mais-que-perfeito, expressa menos possibilidade de concretização da ação do que o seu correspondente tempo simples (futuro e imperfeito do conjuntivo)?

Entendo que ambos remetem para a conclusão da ação, mas terá uma duração mais prolongada (a concretização da mesma) num caso do que no outro?

«Quando tiveres lido o livro, devolve-mo.»

«Quando leres o livro, devolve-mo.»

«Caso tivesse lido o livro, devolver-to-ia.»

«Caso lesse o livro, devolver-to-ia.»

Muito obrigada, mais uma vez, pela vossa ajuda e maravilhoso apoio dado a todos os que, como eu, temos na língua portuguesa a nossa ferramenta de trabalho.

Com os melhores cumprimentos.

Rosa Maria Duarte Professora Figueira da Foz, Portugal 8K

Na frase «Eça partiu para o Egito em 23 de outubro de 1869 para assistir à inauguração do Canal de Suez e regressou a Lisboa em 3 de janeiro de 1870», a expressão «... a Lisboa...» desempenha que função sintática?

Obrigada.

Ana Silva Estudante Guimarães, Portugal 6K

Diz-se «as regras existem para ser cumpridas», ou «para serem cumpridas»? Porquê?

Obrigada!

Pedro Osório Graça Estudante Lisboa, Portugal 16K

Diz-se «munidos de», ou «munidos por/pelo/pela»?

Obrigado.

Alexandre Gouveia Estudante Luanda, Angola 6K

Diz-se caloriar, ou transpirar?

Pedro Osório Graça Estudante Lisboa, Portugal 11K

Qual destas frases utiliza a forma correcta?

A) «Para lá talvez caminhemos, sonâmbulos, a passos de caranguejo.»

B) «Para lá talvez caminhemos, sonâmbulos, em passos de caranguejo.»

Existe alguma diferença entre as duas formas? Se existe, qual o significado de cada uma delas?

NOTA: O «para lá» refere-se ao Portugal pré-1974, a propósito de umas fotografias que o fotógrafo Alfredo Cunha acaba de partilhar no Facebook.

Maria Miranda Bibliotecária Coimbra, Portugal 8K

Vulgarizou-se «quais é que são» por «quais são». É permitido?

Marcos Helena Estudante Lisboa, Portugal 4K

Atentemos neste excerto do tratado monumental de Vitrúvio que colige saberes arquitectónicos – « […] si autem natura loci impedierit […].» Traduzi-lo-ia por «mas se a natureza do lugar [o] tiver impedido», substituindo o futuro perfeito do indicativo latino através do futuro perfeito do conjuntivo português. Ora, ao fazê-lo, garanto, por um lado, que a nuance semântica apologética da tentativa se mantém e, por outro, que se respeita o sistema hipotético do português. Devido a este mesmo último entrave, o francês, cioso da dita nuance semântica, poderia traduzi-lo por «mais si la nature du lieu [l’]a empêché», visto que não se pode fazer seguir um futuro a um «si» hipotético. Agora, a tradução bastante recorrente por presente é absolutamente despropositada em português e em francês (a saber: «mas se a natureza do lugar [o] impede»/«mais si la nature du lieu [l’]empêche»).

Pedia um comentário aos meus escritos, com especial enfoque sobre a importância de se salvaguardar a dita nuance semântica.

Markus Dienel Estudante Faro, Portugal 26K

É correcta a frase assim: «Tudo aparece como se (fora) escrito com letras de fogo»? Ou devia-se dizer assim: «Tudo aparece como que escrito com letras de fogo»? Ou simplesmente «Tudo aparece como escrito com letras de fogo»? Qual o vosso parecer?

Grato.

Filipa Carvalho Documentalista Lisboa, Portugal 10K

Gostaria de saber se o emprego do verbo distar está correto em frases como a que se segue: «O período que dista entre a entrada de António e o momento atual foi demasiado longo.»

Agradeço a atenção.