Vejamos estas abonações de clássicos da literatura portuguesa, transcritos no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa (2001), na entrada alarde, alardo [«(do árabe al-ard, "exibição", "revista militar"). Exibição aparatosa; acto de alardear. = aparato, jactância, ostentação ≠ discrição»]:
«Não por alarde de honras, nem pelo luxo da farda» (Eça de Queirós, A Relíquia, pág. 78).
«Fazia alarde das suas conquistas amorosas.»
«Ele, muito sisudo, não fez alardo da sua obra a Felícia» (Camilo Castelo Branco, A Corja, pág. 95).
O mesmo atesta Énio Ramalho no seu Novo Dicionário Estrutural, Estilístico e Sintáctico da Língua Portuguesa (Lello Editores, Porto):
«Alarde. Fazer alarde de [ele era um vaidoso que em toda a parte fazia alarde dos seus êxitos (se vangloriava, se gabava).»