A grafia de sapato e de salema
Embora escrevesse sapato, salema etc., o grande estudioso da língua portuguesa Cândido de Figueiredo afirmava que tais palavras deveriam grafar-se "çapato", "çalema"... Li isso numa de suas obras, Problemas da Linguagem. Em que se baseava o mestre lusitano para dizer que esses e outros vocábulos deveriam ser escritos com cê cedilhado inicial e não com s? Seria certo escrevê-los hoje com ç inicial?
Muito grato!
Acerca da história dos verbos haver e ter
Por que razão, antigamente, só existia o verbo haver e não o ter?
Prefixo in- em irracional e indispensável
Gostaria de saber se as palavras irracionais e indispensáveis apresentam o mesmo prefixo. E porquê.
Sobre os sufixos -az e -ace
Gostaria de saber por que razão o sufixo -az pode ser substituído por -ace (vivaz/vivace, procaz/procace, feraz/ferace etc.).
Obrigado.
O uso do calão foder = prejudicar
Venho por este meio pedir o vosso auxílio para a resolução de um problema que muito tem suscitado a minha reflexão. A verdadeira inquietação que lhe subjaz é de natureza ética e antropológica, no seu sentido mais abrangente, mas a base que permitirá constituí-lo como objecto de reflexão e análise ulterior é, manifestamente, filológica. Trata-se do seguinte: quão antigo é o uso do calão foder como expressão corrente para designar «fazer mal»? Qual a origem histórica e linguística dessa associação? Qual o contexto da sua criação e difusão? Terá sido importada? Qual o vestígio literário mais remoto a atestar o seu uso em português?
Ciente de que a resposta não será, porventura, fácil, agradeço desde já o seu esclarecimento.
Se apassivante e se indeterminado no português do século XVI
O verbo soar, no trecho de Os Lusíadas «E como por toda África se soa,/Lhe diz, os grandes feitos que fizeram», deveria estar no plural, pois são os feitos que soam, ou está correcto como está, pois não são os feitos que soam mas sim alguém que os faz soar?
A existência de formas convergentes e divergentes dentro da língua
Qual é a explicação histórica para a existência de formas convergentes e divergentes dentro de uma mesma língua, como o português?
Qual é a importância do conhecimento destas formas para o professor e o aluno da língua materna?
Transpondo estas ponderações para o ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras, qual é a importância do conhecimento de formas convergentes e divergentes para o professor e o aprendiz de línguas aparentadas como o espanhol e o português?
Obrigada.
O género das palavras terminadas em -agem
As palavras terminadas em -agem são femininas em português. As palavras correspondentes são masculinas em francês, espanhol e italiano. Gostava de saber se existe alguma explicação a esta particularidade linguística e se houve mudança de género numa certa altura.
Palatalização na origem das palavras senhor e venho
Gostaria de ser esclarecida relativamente aos fenómenos fonéticos verificados nas palavras senior > senhor e venio > venho.
Grata pela atenção.
A evolução do significado de embora (advérbio, conjunção)
Gostaria de saber como se processou a evolução do significado da palavra embora para que de uma ideia de «em boa hora» derive uma significação de «porém».
