Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: Figuras de estilo
João Rainho Estudante Porto, Portugal 4K

«A praia estava como devia estar, com sol e ondas baixas» (Teolinda Gersão, "Avó e neto contra vento e areia", in A Mulher Que Prendeu a Chuva e Outras Histórias).

Nesta frase, além da comparação, podemos ter uma enumeração?

Obrigado.

Parisa Azami estudante Lisboa, Portugal 2K

«... com os seus próprios e secretos sonhos, que os sonhos são como as pessoas» (José Saramago, Memorial do Convento, Lisboa, Editorial Caminho, 2012).

Isto é uma aliteração, ou uma assonância?

Parisa Azami Estudante Lisboa, Portugal 3K

Que figura de estilo é esta: «o pardal é uma ave da terra e do terriço, do estrume e da seara» (Memorial do Convento, cap.XI)?

Isabel Lima Estudante Tomar, Portugal 7K

Precisava saber qual o recurso expressivo presente nas seguintes frases:

1 – «Das naus as velas côncavas inchando.»

2 – «A ver os berços onde nasce o dia.»

3 – «Eternos moradores do reluzente.»

Susana Lopes Aveiro, Portugal 7K

Qual o valor expressivo da gradação das formas verbais presente no poema O que há em mim é sobretudo cansaço [de Álvaro de Campos]: «ame» (v. 14), «deseje» (v. 15) e «queira» (v. 16) e as correspondentes «amo» (v. 18), «desejo» (v. 19) e «quero» (v. 20):


«Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada 
– Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...»

Cláudia Marques Professora Grândola, Portugal 6K

Gostaria que alguém me ajudasse na análise da figura de estilo presente no 2.º verso do último terceto do poema Prefiro rosas, meu amor, à Pátria, de Ricardo Reis. Aqui deixo o terceto:

«Nada, salvo o desejo de indif’rença

E a confiança mole 

Na hora fugitiva.»

Agradeço desde já toda a ajuda que me puder ser dada!

Fátima Remualdo Professora Braga, Portugal 11K

Gostaria que me esclarecessem se, neste excerto do Sermão de Santo António aos Peixes, são visíveis interrogações retóricas ou, apenas, uma sucessão de frases interrogativas curtas.

«Que faria neste caso o ânimo generoso do grande António? Sacudiria o pó dos sapatos, como Cristo aconselha em outro lugar? Mas António com os pés descalços não podia fazer esta protestação; e uns pés a que se não pegou nada da terra não tinham que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dissimularia? Daria tempo ao tempo? Isso ensinaria porventura a prudência ou a covardia humana; mas o zelo da glória divina, que ardia naquele peito, não se rendeu a semelhantes partidos.»

Obrigada pela atenção.

João Clara Estudante Lisboa, Portugal 7K

Surgiu-me uma dúvida quanto aos recursos estilísticos usados n´Os Lusíadas. No canto IV, na estância 30: «Derriba, e encontra, e a terra enfim semeia / Dos que a tanto desejam, sendo alheia.»

Há alguma metáfora? Se sim, pode explicar porquê?

Obrigado.

Nuno Vilaça Estudante Odivelas, Portugal 7K

O Mostrengo, de Fernando Pessoa (Obra: Mensagem), pode ler-se:

«À roda da nau voou três vezes

voou três vezes a chiar»

(est. 1, vv.3-4).

Podemos considerar que existe uma anáfora, apesar de não começar no início do verso? Se não, que recurso expressivo podemos considerar?

Pedro Marrachinho Estudante Lisboa, Portugal 10K

Estou a fazer um trabalho de Retórica sobre o discurso de Júlio César de Shakespeare e precisava de saber mais sobre as seguintes figuras: aposiopese, cleuasmo, hipotipose, paralipse.

Obrigado.