As orações subordinadas substantivas relativas são introduzidas por pronomes relativos e ocorrem sempre em posição argumental, ou seja, no mesmo contexto em que ocorrem expressões linguísticas com a função de sujeito (cf. 1), de complemento direto (cf. 2), complemento indireto (cf. 3), complemento oblíquo (cf. 4):
(1) «Quem entregou o trabalho não fará o exame.»
(2) «O professor elogiou quem entregou o trabalho.»
(3) «O professor ofereceu o livro a quem entregou o trabalho.»
(4) «O professor conversou com quem tinha dúvidas sobre o trabalho.»
As orações subordinadas adjetivas relativas desempenham a função típica dos adjetivos – a função de modificador. Designam-se relativas por se construírem com subordinadores relativos (pronomes ou advérbios), os quais implicam uma relação de correferência com um antecedente de que dependem. Assim, por exemplo, na frase:
(5) «As revistas que estão no cesto são para rasgar.»
O pronome relativo que implica uma relação de correferência com o grupo nominal «as revistas», o qual funciona como antecedente daquele. Subjacente à oração relativa «que estão no cesto» está, pois, a oração «as revistas são para rasgar». O pronome relativo que substitui, por conseguinte, esta segunda ocorrência do grupo nominal «as revistas».
As orações relativas podem ser restritivas ou explicativas.
As orações subordinadas relativas restritivas são orações introduzidas por pronomes relativos e têm por função delimitar o universo de seres representado pelo nome que antecede o relativo. Desempenham a função sintática de modificador restritivo.
«Os alunos que tiverem boa nota receberão uma bolsa de mérito.»
As orações subordinadas relativas explicativas são orações introduzidas por pronomes relativos e têm por função fornecer um esclarecimento adicional acerca do nome que antecede o relativo. Desempenham a função sintática de modificador apositivo e são sempre separadas por vírgulas.
«O João, que é o melhor aluno da turma, recebeu uma bolsa de mérito.»
Disponha sempre!