Ambas as construções estão corretas.
A opção (a) relaciona-se com o uso de chamar como verbo transitivo-predicativo que seleciona um predicativo do complemento direto sem preposição: «chamam-no Camões Júnior» [se o complemento direto for realizado por um grupo nominal, há preferência pela construção de complemento indireto e predicativo: «chamam Camões Júnior ao João»] → «ele é chamado Camões Júnior».
O uso da preposição de com o predicativo de chamar («chamar alguém de...») costuma ser apresentado como típico do Brasil1, mas, em Portugal e noutros países de língua portuguesa, não é desconhecido, podendo até dizer-se que se expande. Tal construção ocorre tanto na frase ativa, como na frase passiva: «chamam-no de Camões Júnior» → «ele é chamado de Camões Júnior».
1 Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1984, pág. 519, nota 16) dizem que a construção com de é «[...] desusada em Portugal e condenada pelos puristas», mas «é a predominante na linguagem coloquial brasileira e tende a sê-lo também na expressão literária modernista». Hoje é difícil ser tão assertivo, porque «chamar alguém de...» é construção que pode ocorrer entre falantes do português de Portugal. Leia-se a resposta "A regência de chamar", de Regina Rocha, bem como os restantes Textos Relacionados que aqui se indicam.