Segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990, Base XV), «emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjectival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio», podendo o primeiro elemento ser reduzido: arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, rainha-cláudia, guarda-noturno, sul-africano, afro-asiático, primeiro-sargento, guarda-chuva, etc.
No entanto, existem determinados compostos em relação aos quais se perdeu a noção de composição, e estes casos grafam-se aglutinadamente, por exemplo: girassol, madressilva, pontapé, entre outros.
Em relação aos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, este acordo acrescenta ainda que se utiliza o hífen quer estejam ou não ligados por preposição ou qualquer outro elemento, por exemplo: abóbora-menina, feijão-verde, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio, bem-me-quer, cobra-capelo, formiga-branca, lesma-de-conchinha, bem-te-vi, etc.
N.E. – Sobre os critérios de hifenização depois do Acordo Ortográfico de 1990, acompanhe-se a explicação do gramático brasileiro Sérgio Nogueira em registo de vídeo: