Usa-se hífen:
– Nas palavras compostas por justaposição cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido:
ano-luz, porta-chaves, arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, guarda-noturno, norte-americano, sul-africano;
Nota: Certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se aglutinadamente:
girassol, madressilva, pontapé, paraquedas, etc.
– Nas palavras compostas que designam espécies na área da botânica e da zoologia, ligadas ou não por preposição: couve-flor, erva-doce, feijão-verde, brincos-de-princesa, etc.
* Em topónimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos:
Grã-Bretanha, Abre-Campo, Entre-os-Rios, Trás-os-Montes, etc.
Não se usa hífen:
* Nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais (salvo algumas exceções já consagradas pelo uso, como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, à queima-roupa):
cão de guarda, fim de semana, sala de jantar, cor de café com leite, cor de vinho, etc.