Há duas grafias possíveis: manga pagode e manga-pagode (manga de camisolas/vestidos, influenciada pela moda egípcia e que se caracteriza por ser mais aberta na base do que no ombro). Apesar de as consultas levadas a cabo na Internet demonstrarem que geralmente não ocorre a hifenização nesta construção, formada por dois substantivos como outras expressões semelhantes – «manga balão», «manga quimono» –, afigura-se preferível o uso do hífen neste tipo de compostos. Veja-se o que se diz na base XVI do Acordo Ortográfico de 19901.
«Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição cujos elementos, de natureza nominal [...] constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio [...]: ano-luz, arcebispo-bispo, arco-íris, decreto-lei, [...] médico-cirurgião, rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô, turma-piloto [...]» .
Ora, no caso em apreço, estamos perante dois elementos de «natureza nominal» – manga e pagode –, que constituem uma unidade sintagmática e semântica, pelo que será de prever o uso do hífen: manga-pagode.
1 Cf. também a base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945, que esteve plenamente vigente em Portugal até 2009.