Ambos os modos são possíveis, embora o seu uso ative significações diferentes.
Antes de mais, diga-se que as frases apresentadas incluem uma oração interrogativa indireta: «quais desafios nos aguardem/ aguardem», que é introduzida pelo determinante interrogativo quais.
No interior desta oração, será possível recorrer a um tempo quer do modo indicativo quer do modo conjuntivo (subjuntivo), o que traduzirá uma intenção distinta.
Assim, poder-se-á optar pelo presente do modo indicativo, como em (1):
(1) «Não importa quais desafios nos aguardam, teremos força para enfrentá-los.»
Neste caso, o recurso ao presente do indicativo aponta para um valor de situação habitual, ou seja, descreve uma situação que acontece com regularidade, podendo também assumir um valor genérico ao descrever uma situação que engloba um conjunto de situações desta natureza.1
É possível também selecionar o presente do conjuntivo, como acontece em (2):
(2) «Não importa quais desafios nos aguardem, teremos força para enfrentá-los.»
Neste caso, o conjuntivo expressa um valor de localização da situação descrita num tempo posterior ao da oração subordinante, ou seja, referem-se os desafios que terão lugar no intervalo temporal posterior ao do momento de fala (daí o valor de possibilidade que o conjuntivo convoca).
Disponha sempre!
1. Para mais informação sobre os valores associados ao uso do presente do indicativo, consulte-se Oliveira in Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, pp. 514-517.
2. Para mais informação sobre os valores associados ao uso do presente do indicativo, consulte-se Oliveira in Raposo et al., Gramática do Português. Fundação Calouste Gulbenkian, p. 536.