De acordo com Celso Cunha e Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 641), a vírgula pode servir «para isolar o aposto, ou qualquer elemento de valor meramente explicativo: Conheço, sim, o cansaço do nosso corpo; A meu pai, com efeito, ninguém fazia falta; Alice, a menina, estava feliz».
Deste modo, nas frases 1) e 2), está correta a colocação das vírgulas, nos moldes propostos.
No enunciado 3), tem razão de ser a observação do estimado consulente, pois, ainda de acordo com os autores citados, p. 644, a vírgula serve igualmente «para isolar as orações intercaladas».
No caso do enunciado 4), diria que a colocação da virgula não se justifica, já que quebra um constituinte que deverá funcionar como um bloco (= «ou executado»).
No que diz respeito a 5), é aceitável a opção sugerida, visto que «ainda» é um elemento não obrigatório na frase (= modificador), acabando por se enquadrar, grosso modo, na explicação sugerida para os enunciados 1) e 2). Ainda no que se refere à frase 5), poder-se-ia igualmente optar pelas seguintes soluções «Se fizer isso, ele pode ser preso, ou, ainda, executado»; «Se fizer isso, ele pode ser preso, ou ainda executado», pois Cintra e Cunha (ibidem, p. 643) referem claramente que a vírgula é usada «para separar orações coordenadas sindéticas, salvo as introduzidas por e: [...] Ou elas tocavam, ou jogávamos os três [...]».