No sítio da antiga Direção-Regional de Educação do Algarve, agora Direção de Serviços da Região do Algarve, pode ler-se, numa janela que surge sempre que se acede ao mesmo:
«O Sítio Web da extinta DRE Algarve, continuará online e será atualizado sempre que necessário».
O que se contesta na frase é aquela vírgula que separa o sujeito do predicado, uma vírgula absolutamente proibida. Acontece, por vezes, em frases longas e complexas, perder-se o sujeito e virgular erradamente, separando-o do predicado. Será sempre um erro, mas, nesses casos, apesar de tudo, mais aceitável. Em frases simples como esta, aquela separação é inaceitável. A compreensão da principal utilidade da vírgula – marcar as pausas do texto – é suficiente para perceber ali a sua absoluta inutilidade. O que neste caso se agrava por se tratar de um sítio de um organismo do Ministério da Educação e Ciência, do qual se espera, atentas as suas responsabilidades, um cuidado suplementar no que respeita ao uso da língua portuguesa.
Vide, a propósito, O barbarismo das siglas e o caso da DGEstE
Cf. 5 bons motivos (e 10 regras) para usar corretamente a vírgula
N.E. – O não uso da obrigatória vírgula no vocativo – seja quando ela representa um chamamento, um apelo, uma saudação ou uma evocação* – generalizou-se praticamente no espaço público português, dos órgãos de comunicação social à publicidade .Por exemplo, aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui. Uma incorreção várias vezes esclarecida no Ciberdúvidas – vide Textos Relacionados, ao lado –, assim como noutros espaços à volta da língua portuguesa.
Cf. entre outros registos: Vocativo + Vocativo: uma unidade à parte + O uso da vírgula no vocativo, Vocativo – uma questão de vírgula + A vírgula do vocativo – Exemplos de vocativo no início, no meio e no fim da frase + 5 bons motivos (e 10 regras) para usar corretamente a vírgula.
* Por regra, no discurso direto e, geralmente, em frases imperativas, interrogativas ou exclamativas.