As aranhas são animais que demonstram grande capacidade de aprendizagem de estratégias para apanhar as suas presas que podem ser moscas. Ora, se as moscas não detiverem conhecimento sobre como a aranha engendra estratégias para as apanhar, então a missão de apanhar a sua presa será sempre bem sucedida. Este é uma interpretação possível de «a aprendizagem da aranha, a mosca não precisa de saber».
Esta frase não constitui um provérbio tradicional. Na verdade é a tradução de outra em língua francesa da autoria do poeta Henri Michaux (1899-1984): «L'enseignement de l'araignée n'est pas pour la mouche» (tradução livre: «o ensino da aranha não é para a mosca»). Trata-se de um aforismo, ou seja, como parece ser o caso, o mesmo que «enunciado curto, geralmente de carácter perentório e denso de significado, capaz de ser compreendido sem necessidade de recurso a outro texto, que serve de base a um estilo fragmentário que caracteriza certa escrita filosófica» (Infopédia).
Num sentido menos literal, esta máxima pode ser entendida como uma alusão à situação em que o desenvolvimento de uma pessoa pode ter condições que não se adequam a outra. Numa visão muito diferente, pode ser ainda interpretada assim: «para ter sucesso, não é preciso divulgar a maneira de o alcançar, sob pena de se perder vantagem sobre os outros.»