Nos empréstimos mais recentes – de finais do século XIX até agora –, o uso de ch pode ter que ver com o país onde se fez o aportuguesamento, bem como com a época em que ele ocorreu.
Apesar de, do ponto de vista da história da língua, ser mais adequado o x para transliterar o sh inglês, a verdade é que o ch- se impôs, até porque o x- inicial é menos corrente. No caso de chutar, terá sido o que aconteceu, embora haja atestação do verbo com a grafia parcialmente inglesa: shootar , nos começos do século XX (cf. Dicionário Houaiss, s. v. chutar)1.
Note-se que, no Brasil, se escreve xampu, mas, em Portugal e nos outros países de língua portuguesa, grafa-se champô, com ch-.
1 Convém assinalar que, no Brasil, se escreve chute, «pontapé», mas, em Portugal e noutros países de língua portuguesa, a forma usada é chuto (cf. Dicionário Houaiss e dicionário da Infopédia).