Para se perceber se a expressão «único e singular» caracteriza redundância, é preciso analisar o significado de cada umas das palavras individualmente.
Assim, o adjetivo único está atestado como: «1. de que só existe um no seu gênero ou espécie; que não tem outro igual; 1.1. que não tem precedente ou sucessor; do qual só ocorreu um; 2. que é um só; desacompanhado de outro; 3. que é incomum, raro; excepcional, exclusivo, incomparável, superior; 4. que é o mesmo para vários indivíduos ou coisas» (Dicionário Houaiss).
Já o adjetivo singular significa: «1. único de sua espécie; distinto; ímpar; 2. não vulgar; especial, raro; 3. fora do comum; admirável, notável, excepcional; 4. não usual; inusitado, estranho, diferente; 5. que vale por si só; significativo, característico; 6. que causa surpresa; surpreendente, espantoso; extravagante, bizarro» (ibidem).
Tendo em conta estes significados, pode-se assumir que sim, a expressão «único e singular» é redundante.
Contudo, se por «único e singular» se entender que se fala de alguém ou de algo «de que só existe um no seu gênero ou espécie» e que, além disso, é «especial» ou «raro», por exemplo, então não há redundância.
Em suma, a expressão pode ser ou não redundante. Tudo depende do significado que atribuímos a cada um dos adjetivos quando se utiliza a mesma.