Segundo o Dicionário Terminológico, uma expressão idiomática é um segmento frásico, cujo significado não resulta, consequentemente, dos significados parciais dos elementos que a compõem, nem da sua forma de combinação, ou seja, a interpretação do significado de uma expressão idiomática não se pode basear apenas numa leitura literal dos seus constituintes, mas implica sempre uma leitura fraseológica (p. ex.: «Dar com a língua nos dentes»).
Um provérbio, segundo o Dicionário Houaiss, é uma frase curta de origem popular, frequentemente com ritmo e rima, rica em imagens, que sintetiza um conceito a respeito da realidade ou uma regra social ou moral, integrando algum tipo de alegoria ou ensinamento (p. ex.: «Em casa de ferreiro, espeto de pau»).
Noutra perspetiva, seguindo a classificação de H. Burger (Phraseologie. Eine Einführung am Beispiel des Deutschen, Berlim, 2003), e segundo um critério funcional, os provérbios e as expressões idiomáticas são categorizados como fraseologias de valor referencial que possuem a capacidade de denotar objetos ou «estados de coisas» da realidade extralinguística. Porém, e através da aplicação de uma subdivisão semântica, os provérbios são classificados como fraseologias proposicionais, com capacidade para realizar asserções sobre objetos e «estados de coisas» («Em casa de ferreiro, espeto de pau», «A galinha da vizinha é sempre melhor do que a minha»), e as expressões idiomáticas são classificadas como fraseologias denominativas, que referem/denominam objetos e «estados de coisas». Por exemplo, um «sorriso amarelo» é a denominação para um sorriso pouco natural, e «esticar o pernil» significa «morrer».