Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório
João Seabra Jornalista Lisboa, Portugal 4K

«No Porto Alto» ou «em Porto Alto»?

Como acham que é certo: no Porto Alto ou em Porto Alto?

Na lógica de outros topónimos cujos nomes correspondem a substantivos comuns (casos do Porto, do Porto Santo, da Figueira da Foz, da Cuba, etc.), seria «o Porto Alto».

Acontece que, por exemplo, os CTT usam no código postal desta localidade o nome em género neutro: «em Porto Alto».

Daniel Marques Estudante Olhão, Portugal 5K

Peço que me elucidassem sobre a validade do seguinte raciocínio, com base num artigo publicado recentemente neste portal:

«Enviou-se-vos a embalagem», «Enviou-se-vo-la», «Enviou-se-vos ela».

Por outras palavras, inquiro-vos sobre a gramaticalidade da terceira premissa («Enviou-se-vos ela»), a qual, ainda assim, me não parece correta...

Obrigado.

Paula Cristina Bonet Coutinho Porto, Portugal 9K

É correto escrever «trata-se de sinais que indicam.....», ou tem sempre de se usar o plural «tratam-se de sinais.....»? Acrescento que, no contexto da frase, os referidos sinais eram mais de um. Mas será erro dizer «trata-se», uma vez que este termo é uma espécie de «este assunto diz respeito a....», ou «trata de...»?

Obrigada, se puderem ajudar!

Angela Paula Lima do lar Belo Horizonte, Brasil 7K

Na frase «não deixe nada passar para a frente» há um pleonasmo?

Miguel Santos Lisboa, Portugal 8K

Tenho uma dúvida quanto às seguintes frases:

«"Pensei que estavas a falar sobre...»

«"Pensei que era o único...»

«Pensei que era mais simples.»

As frases estão gramaticalmente correctas? Sempre ouvi «pensei que estivesses/fosse», daí os exemplos acima soarem mal.

Que regras gramaticais se aplicam a estes exemplos?

Obrigado.

Margarida Nunes Publicitária Porto, Portugal 18K

Qual é mais correto: aceleração ou aceleramento?

Arsénio Sacramento Tradutor Cascais, Portugal 3K

O Ciberdúvidas disponibiliza diversos artigos sobre a regência do verbo chamar. Porém, não sinto que se tenha abordado suficientemente a questão que se prende com a forma passiva do verbo. Em português europeu, qual seria a construção mais natural:

(a) «O João é chamado Camões Júnior porque escreve belos poemas»;

(b) «O João é chamado de Camões Júnior porque escreve belos poemas»;

ou

(c) outra?

Daniel Marques Estudante Faro, Portugal 9K

Enquanto estudava História, reparei numa frase curiosa que figurava no manual, mas que não sei se está de acordo com a sintaxe do português europeu. Transcrevo apenas o essencial:

«... confiscação de patentes, como o caso da da aspirina.»

Conforme se pode ver, esta ocorrência da contração da preposição é estranha, embora desconheça o grau de similitude com a seguinte reformulação:

«Confiscação de patentes, entre as quais a da aspirina.»

Se, com efeito, o primeiro segmento for agramatical, gostaria de saber por que motivo, então, se pode censurar a coocorrência da contração, mas não a de «...a (patente) da aspirina» (reformulação).

Obrigado.

Nelson Alexandre Fernandes Garcia Barra Professor de Informática Santarém, Portugal 9K

Gostaria de saber se deverei expressar [o anglicismo] cookies no feminino ou no masculino, encontrando-me na fase final da redação de uma dissertação de mestrado. Na minha expressão oral e verbal quotidiana sempre utilizei cookies no feminino. No entanto, tenho-me confrontado com várias referências bibliográficas que fazem referência ao termo cookies no masculino. A adensar ainda mais esta minha questão, tenho-me confrontado com dicionários que fazem referência ao termo cookie como um substantivo feminino e outros como um substantivo masculino.

Agradeço um esclarecimento claro quanto ao género deste substantivo, [na] língua portuguesa.

Paulo de Sousa Tradutor Cascais, Portugal 7K

A expressão inglesa dog-whistle politics («política do apito do cão» – alusão ao som alto emitido por um apito, o qual só um cão consegue ouvir) é sobretudo usada nos EUA quando, na mensagem política, são empregados termos e conceitos aparentemente inócuos, mas potencialmente controversos, e que apenas uma porção (fação) do eleitorado compreende e identifica, deixando a maioria na ignorância ou com uma ideia muito diferente.

Por exemplo, a atual candidata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, diz que o seu adversário, Donald Trump, sobrevive à custa dessa prática política, referindo ainda que a dog-whistle politics não é solução para os problemas da América, e muito menos do mundo.

Considerando que política do apito do cão não seria entendível, pois não vigora (ainda) na linguagem corrente (nos países de língua inglesa, quando começou a ser usada há cerca de uma década, careceu de explicação por parte dos meios de comunicação social), pergunto: seria aceitável traduzir-se por «política demagógica», «política da demagogia» ou «demagogice política», ou talvez outra expressão que pudessem sugerir?