O nome custarda
O dicionário da Infopédia refere que a palavra custarda existe como o aportuguesamento da palavra custard. Não consigo encontrar mais nenhum dicionário que prove que a palavra existe. Podem esclarecer?
Obrigado.
A etimologia de alma
Na passagem do latim anima («alma») para “anma” e, depois, para alma, além da síncope, que outro processo ocorreu (de “anma” para alma)?
Muito obrigada.
Oração introduzida por sem: «fugiram, sem saberem se teriam casa»
«Os residentes abandonaram o prédio e fugiram, sem saberem se teriam casa no rescaldo.»
Nesta frase é correto empregar-se o infinitivo flexionado (sem saberem)? «Sem saber» não será mais correto, já que o sujeito das duas orações é o mesmo? A frase foi retirada da Revista E do semanário Expresso desta semana (7 de outubro).
Oração gerundiva: «Tendo em vista que...»
No período «Tendo em vista que os recursos são escassos, devemos economizar», «tendo em vista que» pode ser considerada uma locução conjuntiva, e a oração introduzida por ela, subordinada adverbial causal?
Explico minha dúvida: em «tendo em vista que», há um verbo (tendo). Uma locução conjuntiva pode conter verbo?
Segundo: não se trata de oração reduzida de gerúndio, pois há um verbo finito no primeiro período (são), então acabei não chegando à conclusão nenhuma.
Desde já agradeço pela atenção. Um abraço apertado a todos os irmãos unidos pela língua portuguesa!
Uma vírgula num apólogo de Machado de Assis
Estou intrigado com o seguinte uso da vírgula após o pronome relativa que usado na narrativa "Um apólogo" de autoria de Machado de Assis:
«Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:...»
Afinal, por que mesmo usar a vírgulas após esse pronome que, se a oração «disse a um novelo de linha» é adjetiva restritiva?
Por gentileza, poderiam me esclarecer o motivo de usar a vírgula neste caso?
Desde já, agradeço o apoio de sempre.
N. E. – Um apólogo é uma «narrativa em prosa ou verso, geralmente dialogada, que encerra uma lição moral, e em que figuram seres inanimados, imaginariamente dotados de palavra» (Dicionário Houaiss).
Morfologia: biforme e caça
Tenho algumas dúvidas quanto ao processo de formação das palavras biforme e (o)/(a) caça.
Penso que a palavra biforme é formada por composição morfológica, sendo que tanto bi- como -forme são radicais (bi- = «duas» / -forme = «formas»), e seguindo o exemplo de cruciforme (cruci- = «cruz» / -forme = «forma»; «em forma de cruz»). No entanto, algumas gramáticas apresentam bi-/bis- como prefixo de origem latina, apresentando como exemplos bisneto, bimestral, o que me leva a duvidar do processo de formação da palavra biforme. Assim sendo, biforme é um composto morfológico ou palavra derivada por prefixação, ou pode-se considerar os dois processos?
Quanto à palavra caça, a dúvida consiste na expressão «o caça». Esta palavra surge descontextualizada num exercício, pelo que creio que o raciocínio de quem o resolve pode levar à consideração de dois processos distintos de derivação, uma vez que tanto a conversão como a derivação não afixal permitem a formação de nomes a partir de verbos. Como classificar o processo da palavra «(a) caça» no par de frases «ele caça muito bem» e «a caça de elefantes é proibida» e da palavra «(o) caça» no par «ele caça muito bem» e «o caça voa a alta velocidade». A minha primeira lógica é classificá-los como conversão, mas serão ambas formadas da mesma forma? Se não, como explicá-lo a alunos de 8.º ano?
Obrigada pela atenção.
Dativo ético: «coma-lhe e beba-lhe»
Estou lendo O crime do padre Amaro e vi que o Eça às vezes usa expressões como «beba-lhe» e «coma-lhe», assim mesmo, no imperativo.
Cito:
«E quando as beatas, que lhe eram fiéis, lhe iam falar de escrúpulos de visões, José Miguéis escandalizava-as, rosnando: — Ora histórias, santinha! Peça juízo a Deus! Mais miolo na bola! As exagerações dos jejuns sobretudo irritavam-no: — Coma-lhe e beba-lhe, costumava gritar, coma-lhe e beba-lhe, criatura!»
Como explicar esse «lhe»?
Metrorragia, elitrorragia e menorragia
Metrorragia, elitrorragia, menorragia.
Qual é a diferença entre os termos supracitados? E será que a menorragia faz parte da menstruação?
Oração relativa: «Quem valerosas obras exercita/Louvor alheio muito o esperta e incita» (Camões)
Nos versos d'Os Lusíadas
«Quem valerosas obras exercitaLouvor alheio muito o esperta e incita...»
qual a função sintática da oração substantiva relativa?
Exónimos: Brazil e Lisbon
Tem algumas localidades de Portugal e de Angola que, passadas ao inglês e ao espanhol, sofrem mudanças... Qual o real motivo de igual coisa nunca poder ocorrer com nomes de lugares do Brasil?
Que eu saiba, nem Brasília muda para 'Brazilia' em inglês e 'Brasilia' em espanhol, mas, claramente, Lisboa fica como Lisbon em inglês! Quais são os critérios e os processos a determinarem esse tipo de diferença?
Obrigado.
