DÚVIDAS

Sujeito oracional
Nas escolas brasileiras, por algum motivo, os professores não são de indicar a seus alunos que exista o sujeito oracional (falam de todos os outros tipos de sujeito, mas não falam que exista o oracional). Quando e por que será que começou esse tipo de decadência no ensino brasileiro? E os demais países e territórios lusófonos, eles também não são de explicar sobre esse obscuro tipo de sujeito na docência regular? Sujeito oracional é quando a oração principal inteira já é o sujeito, por exemplo: «É proibido colar cartazes!» Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Uma frase de A. Herculano: «quis nas coisas filológicas»
Ao prefaciar o Dicionário Etimológico Resumido da Língua Portuguesa do prof. Antenor Nascentes, o prof. Celso Ferreira da Cunha escreveu isto (mantendo-se a grafia da época): «Ao chegar a êste ponto de uma vida inteiramente devotada à ciência [...], o professor Nascentes teria o direito de exclamar, aplicando ao seu campo de atividade a célebre frase de Herculano: "Fui um homem que quis nas coisas filológicas".» Qual é o significado de querer como consta na frase citada por Celso, uma vez que o verbo, no contexto em questão, rege uma peculiar preposição em? Já procurei em diversos dicionários, e não encontrei uma definição satisfatória; suponho que o verbo "querer", na frase, assuma o mesmo sentido de «realizar-se», mas não tenho a certeza. Desde já, agradeço: aprecio muito a iniciativa do Ciberdúvidas!
Anáfora e paralelismo no "Sermão de Santo António aos Peixes"
 No contexto da análise do "Sermão de Santo António", surgiu uma dúvida, pelo que agradecia a vossa preciosa ajuda e esclarecimento. No segmento «Quantos correndo Fortuna na Nau Soberba com as velas inchadas do vento, e da mesma soberba (que também é vento) se iam desfazer nos baixos, que já rebentavam por proa, se a língua de António como Rémora não tivesse mão no leme, até que as velas se amainassem, como mandava a razão, e cessasse a tempestade de fora, e a de dentro? Quantos embarcados na Nau Vingança ..., até que composta a ira ...», a anáfora está presente, de forma evidente, em «Quantos». A dúvida remete para o facto de também poder ser considerada no segmento «até que». Ou será antes paralelismo sintático ou anafórico? Muito obrigada!
«De modo que» e «de forma que»
Num trabalho para a faculdade, corrigiram-me quando usei a expressão «de modo» para «de forma». Isto deixou-me incomodado, e na altura várias pessoas disseram-me que a correção não fazia sentido, pois podem ser usadas para o mesmo objetivo. Até que uma me disse que a expressão «de forma» é mais correta «do ponto de vista académico». No entanto, também já vi na Internet pessoas a dizerem o oposto, que «de modo» até é mais formal. Então decidi vir aqui perguntar: as expressões «de modo» e «de forma» são usadas como sinónimos? Se sim, há alguma mais correta/formal do que outra? Obrigado a quem tiver tempo de responder a esta questão, que é motivo de debate no meu grupo de amigos.
A sintaxe do nome entrevista
Começando por agradecer o ótimo e muito útil trabalho do Ciberdúvidas, que consulto muitas vezes, peço que me esclareçam, por favor, sobre a forma correta de referenciar uma entrevista. Imaginando que o jornalista Santos entrevistou o ministro Silva, devemos referir a situação como: – Entrevista do ministro Silva ao jornalista Santos ou – Entrevista do jornalista Santos ao ministro Silva? Muito obrigada.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa