Formas estilísticas de expressar o superlativo
1. «Ela é linda, linda.»
2. «Ela é uma senhora diretora.»
3. «Ela é linda de morrer.»
Nas frases acima, há superlativo absoluto? Caso haja, ele é sintético? Ou analítico? Ou qual grau está?
Obrigado.
Origem de enxoval
Origem de enxoval?
A locução «com vista(s) a»
Antes de apresentar a minha dúvida, gostava de felicitá-los pelo incrível trabalho que têm feito em prol da promoção da língua portuguesa, nossa língua comum! Cá vai a minha dúvida:
Gostava de saber em qual opção a regência está correcta:
a) «As actividades são propostas com vista NO desenvolvimento de competências…»
b) «As actividades são propostas com vista AO desenvolvimento de competências…»
Qual frase usar? Qual está correcta e porquê? Caso seja possível, por favor, indiquem-me autores que tratem da questão!
Muito obrigado!
[NE – Como o consulente se identifica como angolano, mantém-se a ortografia usada no original, a do Acordo Ortográfico de 1945.]
Nomes abstratos como antecedentes de palavras relativas
Considerando as frases
«Um lugar onde possamos descansar é difícil de encontrar»
e
«Uma pessoa a quem pedimos um favor deve ser respeitada.»
o advérbio relativo onde, no primeiro caso, e o pronome relativo quem, no segundo caso, têm antecedente expresso?
A dúvida prende-se com o facto de os nomes lugar e pessoa remeterem para uma ideia abstrata, nomeadamente pelo uso do determinante indefinido, que podem não corresponder ao referente das palavras relativas.
Um mas de Fernando Pessoa
Gostaria de esclarecer uma dúvida sintática a partir de uma frase escrita por Fernando Pessoa:
«Sim, não há desolação, se é profunda deveras, desde que não seja puro sentimento, mas nela participe a inteligência, para que não haja o remédio irónico de a dizer.»
O trecho que mais me intriga é: «...mas nela participe a inteligência...»
Minha dúvida é quanto à natureza sintática e estilística dessa construção. Em português corrente, eu esperaria algo como: «...desde que nela participe a inteligência» ou «...a não ser que nela participe a inteligência», ou mesmo «...mas somente se nela participar a inteligência».
A forma usada por Pessoa – «mas nela participe» – parece deslocar-se do uso adversativo comum do mas e se aproximar de uma construção concessiva ou condicional elíptica, talvez por razões estilísticas.
Essa forma poderia ser considerada um galicismo sintático? Ou haveria influência do inglês, língua que Pessoa dominava e na qual também escrevia? Em inglês, construções como «There is no desolation, but that in it takes part the intelligence» seriam estilisticamente aceitáveis em prosa poética antiga, o que me faz suspeitar de possível interferência estrutural.
Gostaria de saber como se classifica esse uso do mas na gramática do português e se há paralelos em nossa tradição sintática ou se trata mesmo de uma licença poética.
Agradeço desde já pela atenção e pelos esclarecimentos.
A classe de palavras de tampouco
Consultei vários dicionários e todos colocam o termo tampouco exclusivamente como advérbio («também não»).
Porém, não aceito muito bem a "exclusividade", pois o termo possui um significado parecido com nem e, em muitas vezes, fica no meio de orações coordenadas (posição preferencial das conjunções) Ex.:
«Ele não trabalha tampouco estuda.»(G1)
«Não gosto da Maria, tampouco da Joana.» (Ciberdúvidas)
Eu consigo reescrever perfeitamente as frases com o nem: «Ele não trabalha nem estuda».
Pergunto aos Senhores, pois a minha visão faz um pouco de sentido (eu acho); mas posso estar equivocado, porque não consegui achar uma visão igual a minha, exceto a visão do professor Sérgio Nogueira: «A palavra tampouco é uma conjunção aditiva. É sinônimo de nem.»
Podem me ajudar? Se quiserem, os Senhores poderão mandar apenas referências para eu ler.
Desde já, agradeço-lhes a enorme atenção.
Verbo ter: «ele tinha-a fechada»
Na frase «Ele tinha-a fechada neste momento», estamos perante um complexo verbal (verbo auxiliar ter + verbo principal fechar)?
A expressão «à memória»
Sei que o tema já foi aqui trazido, mas sem contextualização.
Tenho, infelizmente, passado algum tempo num determinado cemitério e tenho ficado intrigada com o facto de as lápides das campas e dos ossários dizerem todas «À memória de».
Contudo, nas placas colocadas nos ossários – em particular, mas não só –, existe a nítida intenção de recordar alguém e não, propriamente, a de homenagear ou dedicar o espaço / a placa a alguém.
Assim, no meu entender, a inscrição mais correta deveria ser «Em memória de» fulano tal, em vez de «À memória de...», mas não tenho encontrado nenhuma que corrobore o meu ponto de vista.
Será que estou enganada?
Infinitivos coordenados e concordância do verbo ser
Na frase «Ser amado e ser egoísta são coisas diferentes»:
1) Quantas orações há frase?
2) Os termos «ser amado e ser egoísta» são orações subordinadas substantivas subjetivas?
3) Caso sejam subjetivas, por que o verbo da oração principal está na terceira pessoa do plural são?
Obrigado.
O verbo ser e o modificador do grupo verbal
Na frase «O Joel estava sozinho em casa», qual a função sintática de «em casa»?
Muito obrigada pelos esclarecimentos.
