DÚVIDAS

Valor concessivo de oração introduzida por a
Por gentileza, seria correto dizer que o valor semântico estabelecido pela preposição a no verso abaixo de Santa Rita Durão é de concessão, sendo parafraseável por «apesar de»? «Os perigos, os casos singulares,/ Que por mais de mil léguas toleramos,/ Não contara, depois que no mar erro,/ A ter o peito de aço, e a voz de ferro.» (Caramuru, canto VI, estrofe XXVI)
Consultar e «fazer consultas»
Deve dizer-se "O médico fez dez consultas" ou "Dez doentes consultaram o médico"? Em linguagem corrente, diz-se que foi o médico que fez as consultas. Mas, de facto e tecnicamente, são os doentes que, perante um problema de saúde que os aflige, consultam o médico para uma orientação diagnóstica e terapêutica. Se em vez de dizer "consultei dez doentes", disser "fiz dez consultas", o problema só se agrava. Qual é a forma correta? Ou ambas são corretas? Obrigado.
Para e objeto indireto
Gostaria de aprender a diferenciar com mais exatidão um objeto indireto de outros termos da oração. Na frase: «Promovi uma festa para os alunos.» Nesse caso, «Para os alunos» seria um objeto indireto, por mais que o verbo seja transitivo direto, quem promove, promove algo, certo? Porém, vi em uma aula como adjunto de finalidade, o que me deixou bem confuso, até porque li em um site de estudo que dizia que, na frase «comprei um carro para ela», «para ela» seria o objeto indireto, e isso me parece semelhante a outra frase com o verbo promover. Gostaria muito de entender melhor sobre isso. Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa