DÚVIDAS

Coesão: «Um..., o outro»
Antes de mais, parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido! Tenho uma questão... no excerto: «Portugal tem dois vizinhos: o oceano Atlântico e a Espanha. Um deles foi visto durante muito tempo como uma opção arriscada, traidora e perigosa, o outro era líquido.» Numa questão apresentada em aula, considerou-se que, ao recorrer a "um deles" e a "o outro", se punha em evidência a coesão interfrásica. Esta análise é a correta? Se sim, por que razão? Muito obrigada pela atenção dispensada!
Regências e orações relativas
Sabemos que os pronomes relativos devem ser procedidos pela regência dos verbos que os seguem. No entanto, não é uma prática que percebo na oralidade. É frequente ouvir: Li o livro que me falaste. Em vez de: Li o livro de que me falaste. Aprendi a música que gosto. Em vez de: Aprendi a música de que gosto. Gostaria de saber o que as gramáticas dizem sobre isto e a vossa opinião. Devemos considerar agramatical? Obrigada!
Gerúndio: «qual fantasma, os olhos cintilando no escuro»
Gostaria de saber se, em bom estilo literário de língua portuguesa, são aceitáveis construções como as que seguem (refiro-me às orações [que finalizam as frases], com o gerúndio, tão comuns no inglês): «O matuto ficou ainda um instante perto da vítima, qual fantasma, os olhos cintilando no escuro.» «Tito ia à frente, seguido dos companheiros, os punhais cintilando na escuridão.» Se possível, poderiam dar-me exemplos tirados dos melhores autores? Agradecido desde já.
A locução prepositiva «à luz de»
Olá a todos desse maravilhoso site! Gostaria de saber se posso utilizar a locução prepositiva «à luz de» como conjunção subordinativa conformativa. Exemplo: «À luz do que é mencionado na Constituição Federal, fica vedada a associação de caráter paramilitar.» Usei no sentido de «de acordo com, segundo, consoante,conforme, como». É válido isso? Pois, conforme o Chat-GPT, o período: «À luz do que é mencionado na Constituição» → é uma locução prepositiva («à luz de») seguida de uma oração subordinada adjetiva: «do que é mencionado na Constituição Federal». Nesse caso, não temos uma conjunção subordinativa conformativa, mas sim uma locução prepositiva com sentido de conformidade ou fundamentação. Obrigada.
Adjuntos adverbiais e apostos explicativos
Ao ler uma notícia, deparei-me com a seguinte frase: «Um carro contratado para conduzir um funcionário da equipe do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macedo, foi roubado por criminosos na manhã desta quinta-feira (14), na Rua do Riachuelo, no Centro do Rio, em frente ao Hotel Monte Alegre.» Minha dúvida é quanto à justificativa do uso indiscriminado de vírgulas na presença de adjuntos adverbiais nessa frase: «na manhã desta quinta-feira (14)» ⇒ um adjunto adverbial tempo «na Rua do Riachuelo» ⇒ um adjunto adverbial de lugar «no Centro do Rio» ⇒ seria um adjunto adverbial de lugar ou um aposto circunstancial que identifica a região como localizada no Centro do Rio? «em frente ao Hotel Monte Alegre» => seria um simples adjunto adverbial de lugar ou um aposto circunstancial que identifica o lugar exato do Centro do Rio em que ocorreu o crime? Faço essa pergunta, pois alguns adjuntos adverbiais nessa oração parecem se comportar como apostos, ou seja, dando apenas informações extras, que podem ser facilmente suprimidas. Desculpem se ficou meio confuso!
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