DÚVIDAS

Plural: «um ou mais exemplos»
Qual é o correto: «um ou mais exemplos» ou «um ou mais exemplo»? E por quê? Encontrei muitas informações no que diz respeito à concordância verbal aplicável a casos assim, mas não em relação à concordância nominal. Do ponto de vista semântico, acredito que a forma plural («um ou mais exemplos») seja a forma mais natural. No entanto, a conjunção ou torna o caso não tão simples assim, ao menos para mim. Obrigado.
Crente e evangélico
Quando e por que as palavras crente e evangélico(a) passaram a ser sinônimos exclusivos de protestante? Vamos ver que: 1) Crente = quem crê em Deus e/ou em qualquer outro elemento 2) Evangélico(a) = quem lê e/ou segue o Evangelho Pois em meu entendimento (que é algo bastante limitado...), católico(a) e espírita também são crentes e evangélicos(as)... ou será que não? Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
Os adeptos do Farense e do Louletano (futebol)
Como deverão ser designados os adeptos dos clubes de futebol cuja denominação já contempla o nome dado aos naturais da localidade? Por exemplo, os nomes dos clubes Farense, Louletano, etc., são já os nomes atribuídos aos naturais dessas localidades. Se quisermos especificar um adepto do Farense de forma a não o confundir com um habitante de Faro, como o deveremos designar? Obrigado.
A análise da frase «não acho oportuna a ocasião para zombarias»
Há algum teste para identificarmos se o regime se prende com o nome ou com o adjetivo? Nesta frase de Camilo Castelo Branco: «Não acho oportuna a ocasião para zombarias.» Nesse exemplo, para é regime de oportuna ou de ocasião? Se não houvesse o artigo a, portanto, se a frase de Camilo fosse: «Não acho oportuna ocasião para zombarias» – haveria mudança de interpretação quanto ao regime? Muito obrigado pelo vosso excelente trabalho!
Valor locativo do modificador: «o Mosteiro dos Jerónimos, em Belém...»
Tenho uma dúvida em relação à seguinte função sintática do constituinte «em Belém» na seguinte frase: «O Mosteiro de Santa Maria da Feira, em Belém, é mais conhecido por Mosteiro dos Jerónimos.» Modificador de nome, certo? A expressão «em Belém» equivalerá a «que é de Belém»? Equivalerá a «localizado em Belém»? Não me parece que faça sentido quando movida na frase. Obrigado pela vossa paciência e dedicação.
Pressentir e semântica verbal
Há dias recebi uma mensagem de que transcrevo este excerto: «Temos ainda pendente o assunto X, pelo que o pressinto para a possibilidade de, quando regressar de Paris, podermos reunir para tratarmos disso». Confesso que nunca me deparei com este uso do verbo pressentir que parece estar ali por prevenir, avisar ou alertar. Conjeturei, apenas como hipótese, uma possível contiguidade semântica entre pressentir e avisar ou alertar. Um pressentimento acaba por ser uma espécie de aviso e, portanto, por extensão, usar-se-ia o verbo pressentir por avisar. Para além desta hipótese porventura, ou certamente, rebuscada ou fantasiosa, o que pergunto é: conhecem este uso peculiar do verbo pressentir? Muito obrigado mais uma vez.
Quando e se seguidos do presente do conjuntivo
Embora se diga que quando e se nunca são seguidos do presente do conjuntivo, o fato é que eu tenho visto, inúmeras vezes, o presente do conjuntivo depois de quando, em textos jurídicos de todo o mundo lusófono. O curioso é que, como nativo, essa aplicação me soa bem nesses casos, mas não na maioria dos casos, onde aplicaria o presente do indicativo ou o futuro do conjuntivo. Dou como exemplo a seguinte frase: «As concessões por arrendamento podem ser rescindidas, quando a utilização do terreno se afaste dos fins para que foi concedido.» De fato aqui a utilização do uso presente do conjuntivo parece tirar ousadia do futuro do conjuntivo de sugerir maior probabilidade ou concretude. Este uso está correto? Qual seria o critério para o seu uso?
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