A regência de concomitante
Qual a preposição, ou preposições, que rege(m) o adjetivo concomitante? Por exemplo, na frase:
«A política de preços é concomitante [da/com (a)/a (a)… ?] capacidade dos importadores em colocarem no mercado grandes quantidades do produto.»
Uma busca simples no Google (páginas de Portugal) devolve 4361 resultados para a preposição a (contraída com cada um dos artigos definidos — ao/à/aos/às), 16 800 para de (mais 10 750 quando contraída — do/da/dos/das) e um total de 41 623 para «com o/a/os/as».
«Ao bairro da Vila Alice» e «à vila Alice»
«A sede local do Ciberdúvidas, ao bairro da Vila Alice, é grande», ou «Houve algazara na Rua n.º 21, à Vila Alice»?
Apresento-vos estas duas frases para perguntar se é correto dizer-se «à vila» em vez de «na vila», neste tipo de construção fraseológica.
«Estar ao/no portão»
Por estes dias, uma amiga chegou com a seguinte frase para mim:
«Quando olhei pela janela, aquele garoto estava ao portão.»
No mesmo momento achei estranho o uso do «ao», pois eu usaria «no». Perguntei para a minha família, e todos acharam que «ao» estava errado.
Mas quando falei o que achava para minha amiga, ela se defendeu dizendo que usa o «ao» em outras frases como «está ao telefone» e «ele está à porta».
Mais uma vez, eu e minha família achamos que as frases também estão erradas, mantendo nossa opinião quanto o «ao».
Mas por o verbo estar ser um verbo um pouco difícil de se lidar, pois pode ser VT, VI ou VL, eu não soube explicar porque achei errado e nem pesquisar como seria certo. Por isso gostaria de saber, o verbo estar, nesse caso, aceita preposição? E por quê?
Obrigada.
«Ligar-me» = «ligar para mim» (telefonar)
«O João ligou-me (telefonicamente)» equivale a «O João ligou para mim»? Suspeito que, em termos linguísticos europeus, «ligou-me» está correto! E «ligou para mim» também?
Oração de infinitivo: «de ele...»
Qual dessas duas frases está correta?
«Não gosto do jeito dele falar.»
«Não gosto do jeito de ele falar.»
Grata.
Sobre o uso da contração dum (= de um)
Queria saber se na seguinte frase podemos, de facto, usar a forma contraída dum ou se temos de usar a expressão de um: «Preciso dum favor teu.»
«Elevar as expetativas/expectativas do tratamento»
Qual das sequências está correta?
«Elevar as expetativas no tratamento»,
ou
«Elevar as expetativas do tratamento»?
A frase está a referir-se a uma nova terapêutica com resultados significativamente superiores aos existentes anteriormente.
«Passar pelo Porto» (e não «por Porto»)
Gostaria de saber se há uma explicação para o fato de dizermos:
«O comboio passou pelo Porto», e não dizermos «O comboio passou pela Lisboa», mas, sim, «... por Lisboa». E, então por que não dizemos também «... por Porto»? Precisava de explicar esta diferença a uma aluna chinesa e não consegui encontrar uma justificação clara.
A regência de parecido, novamente
Embora haja uma anterior resposta sobre a regência do verbo parecer, continuo com a dúvida. Devo dizer «Não és nada parecido com o teu irmão» ou «Não és nada parecido ao teu irmão»?
«Fazer referência a»
Pelo mesmo motivo por que se diz «é hora de a onça beber água», poderia eu dizer «faz-se referência a a auditoria ter sido conduzida corretamente»?
Não sei exatamente o porquê, mas imagino que a resposta à minha indagação seja negativa. No entanto, soa-me no mínimo estranho dizer «faz-se referência à auditoria ter sido conduzida corretamente». Parece-me que, assim como na primeira frase não se junta de com a (por o verbo estar no infinitivo – aliás, olha aqui a mesma dúvida: «por o» ou pelo?), também na segunda não se deveria juntar a preposição a com o artigo a.
