«Petro [de Luanda] e [Primeiro] ´"D'Agosto" vão "duelar" esta tarde» – ouvi há dias numa rádio angolana, por regra sempre muito inventiva no léxico usado. Em Portugal, no chamado futebolês, usa-se muito o substantivo duelo. Por exemplo: no jogo tal, a equipa Y ganhou (ou perdeu) os principais duelos individuais. Alguém das minhas relações duvidou do acerto do uso do verbo, embora eu tenha opinião contrária: duelo + ar = duelar.
Estou certo ou errado?
Muito obrigado.
Gostava de saber se o verbo temperar também se pode referir a temperatura, ou seja ter como sinónimo amornar. Por exemplo, posso dizer: «vou temperar a água para tomar banho»?
Grata.
Deparei-me com esta frase e gostaria de saber se a mesma é aceitável: «Ele questionou-se como foi possível tal atitude.»
O imperativo do verbo redarguir, na segunda pessoa do plural, não deveria ser «redarguí vós», em vez de «redargui vós» como vejo no Dicionário Priberam? E quantas sílabas teria redarguí? Três ou quatro sílabas, uma vez que não se deve separar vogais que formem ditongo com o u de gu- ou qu-?
Grato pela atenção.
Na frase «A Ana pousou o livro em cima da secretária», «em cima da secretária» é complemento oblíquo ou modificador.
Obrigada pela atenção.
Em bioquímica, é muito comum a expressão em inglês «Y expressing cells» (sendo Y um exemplo), que em português é traduzida para «células que expressam Y». Esta tradução é muito limitada, pois transmite a ideia de uma condição transitória e não de uma característica das células.
Por exemplo, no tempo passado teríamos de usar «as células que expressavam Y foram lavadas com…», dando ideia que era uma consequência do teste. Por outro lado, «células expressando …» também não soa natural.
O mais fácil seria usar «células expressoras», estando o termo expressor em dicionários brasileiros. Porque não podemos adotar o mesmo termo?
Obrigada.
Na frase «O sujeito lírico dirige-se à natureza.», quais as funções sintáticas de:
a) «lírico»? (modificador do nome restritivo ou complemento do nome?)
b) «à natureza»? (complemento indireto ou complemento oblíquo?)
Obrigada.
Qual é a transitividade do verbo pugnar? Na elaboração de uma frase é correto dizer: «Pugnou pelo indeferimento» ou «Pugnou o indeferimento»?
«A disposição dos móveis, os enfeites de cristal, as estatuetas de bronze, tudo isso e o mais que não me ficou na memória, cumpria bem a finalidade de dar requinte à peça.»[1]
No período acima, poderia o verbo cumprir fazer a concordância canônica no plural (já que há claramente dois núcleos de sujeito: «tudo isso e o mais...»)?
Qual regra que se aplica no caso de concordância no singular?
Obrigado.
[1 N.E. – A pedido do consulente, a pontuação da frase foi ligeiramente alterada. Na versão inicial, apresentava-se uma vírgula antes de «cumpria». A resposta tem em conta a versão sem vírgula, mas segue-se-lhe uma nota de comentário à nova frase.]
Gostaria de saber se a concordância verbal do verbo fazer, na terceira pessoa do singular, no impessoal, se utiliza para referir estados atmosféricos (ex. «Faz calor»), ou se apenas se utiliza para referir o tempo decorrido (Ex. «Faz dez anos»), tendo em conta as regras do português europeu e a diferença com o português do Brasil.
Obrigada.
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