Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Carla Bento Professora Portugal 2K

Parece-me que o verbo expressar, ao contrário por exemplo de dizer, declarar, afirmar, etc. não admite a construção com oração iniciada por "que".

Assim, é correto dizer «Disse que tinha dúvidas», mas não «Expressou que tinha dúvidas», podendo apenas dizer-se «expressou dúvidas».

Estou certa?

Obrigada pelo excelente trabalho que realizam.

Maria Silvestre Explicadora Lisboa, Portugal 3K

Numa sequência de frases como «Eu não sou falador. Já em criança era assim.», podemos considerar que «era» é um deítico que identifica o locutor?

Desde já, muito obrigada!

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria, Brasil 2K

A frase «chamas-te Maria», transformada para a voz passiva analítica, ficaria «é chamada de Maria» ou «és chamada de Maria»?

Obrigado.

António José Forte Machado Engenheiro (Reformado) Lisboa, Portugal 1K

«A luta por causas nobres exultava-o.»

A frase está correta?

Farajollah Miremadi Engenheiro Lisboa, Portugal 1K

Na frase «Começou a ajudar a missa teria talvez uns doze anos», porque é que o infinitivo ter é usado no condicional?

Não era melhor se utilizássemos gerúndio?

«Começou a ajudar a missa, talvez, tendo uns doze anos», ou bem «Começou a ajudar a missa, quando teria talvez uns doze anos»?

Obrigado pela disponibilidade.

Sara T. R. Leite Professora Feira, Portugal 6K

Gostaria de saber se todas as frases seguintes estão corretas e, caso não estejam, qual a razão para isso.

Gostaria também de saber que diferenças de significado existem entre as diferentes frases, caso existam.

Por fim, gostaria que, se possível, apresentassem as regras gerais que determinam o uso destes três tempos verbais.

Muitíssimo obrigada por este maravilhoso serviço!

(1) Foi pena que os teus irmãos não pudessem vir ontem à festa. Foi pena que os teus irmãos não tenham podido vir ontem à festa. Foi pena que os teus irmãos não tivessem podido vir ontem à festa.

(2) Era possível que elas viessem ao ginásio. Era possível que elas tivessem vindo ao ginásio. * Era possível que elas tenham vindo ao ginásio.

*(Não está correta, mas gostaria de perceber a razão. Está relacionada com o uso do imperfeito do indicativo no início? Existe alguma regra geral que determine a impossibilidade de usar o pretérito perfeito composto do conjuntivo quando se usa o imperfeito do indicativo?).

(3) Por maiores que fossem os problemas, ele não desistiu. Por maiores que tenham sido os problemas, ele não desistiu. Por maiores que tivessem sido os problemas, ele não desistiu.

(4) Esperava que o teu irmão trouxesse a Joaninha. Esperava que o teu irmão tivesse trazido a Joaninha.

(5) Ele queria que tu fosses ao escritório dele ontem à tarde. Ele queria que tu tivesses ido ao escritório dele ontem à tarde.

(6) Mesmo que eles o vissem, nunca teriam podido falar com ele. Mesmo que eles o tivessem visto, nunca teriam podido falar com ele. Mesmo que eles o tenham visto, nunca teriam podido falar com ele.

(7) Foi pena que a Joana não viesse a nossa casa ontem. Foi pena que a Joana não tivesse podido vir a nossa casa ontem. Foi pena que a Joana não tenha vindo a nossa casa ontem.

(8) Talvez ele não tenha podido ir à reunião. Talvez ele não pudesse ir à reunião. Talvez ele não tivesse podido ir à reunião.

(9) Oxalá o Pedro tenha chegado antes da Paula, ontem à noite. Oxalá o Pedro tivesse chegado antes da Paula, ontem à noite.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 1K

Sobre a adequação (semântica) inerente à expressão "golpe de Estado", não me parece aceitável dizer-se o seguinte:

«Estava a passar na rua e VI um golpe de Estado.?

Do ponto de vista semântico, perguntava-vos se podemos aceitar a frase ou se ela contraria o princípio da coerência.

Obrigado.

Quan Yang Estudante Lisboa, Portugal 1K

«...O temporal não há meio de parar...»

A frase é retirada de uma ficção.

O que quero saber é que neste contexto «o temporal» funciona como o sujeito ou um objeto anteposto?

Isabel Maria Leite Araújo Professora Guimarães, Portugal 1K

Na frase «Ele acusa-a de, por estar bem de saúde, se estar ralando para o que os outros sofrem...», a expressão «para o que os outros sofrem» desempenha a função sintática de complemento oblíquo ou modificador?

Obrigada.

Luís Pereira Professor Coimbra, Portugal 1K

Fui surpreendido com a seguinte análise sintática:

Na frase «Amarraram uma rede aos troncos», o constituinte «aos troncos» é substituível por lhes e classificado de complemento indireto.

Fico na dúvida se não é complemento oblíquo.

Podiam elucidar-me sobre esta classificação?

Obrigado pelo vosso trabalho.