Em uma caminhada despretensiosa pelas ruas de São Paulo, uma dúvida surgiu ao me deparar com uma placa.
Nas frases «sujeito à guincho» e «proibido estacionar» como podemos classificar o sujeito?
Na frase «o local onde vivo é Santo Aleixo», é forçoso que se use a preposição após o verbo viver ou seja, «o local onde vivo é "em" Santo Aleixo»?
Obrigado.
No mundo das startups e do empreendedorismo no geral, o uso do verbo aplicar tem sido amplamente utilizado como sinônimo do verbo candidatar-se, por exemplo:
«Eu apliquei para a vaga de programador.»
«Eu me apliquei à vaga de programador.»
«Aplique para a vaga de programador.»
Existe equivalência semântica entre os dois verbos ou é apenas uma tradução equivocada do inglês to apply?
Se existe essa equivalência no português, qual é a transitividade adequada?
Antes de mais, gostaria de agradecer a vossa dedicação.
A minha dúvida tem a ver com os verbos alargar/ alongar, quer dizer, com os contextos em que se usa cada um deles.
Depois de ler diferentes definições, parece-me que nalguns contextos poderiam ser sinónimos, mas não sei se estou certa. É por isso que gostaria que me resolvessem a dúvida.
Muito obrigada pelo tempo e pela atenção dispensada.
Sabendo de antemão que o uso do infinitivo é um terreno pantanoso que requer cuidado para trilhar, atrevo-me a concordar com a posição da consulente Inês Pantaleão, em 17/5/2022.
Em primeiro lugar, não creio que a frase apresentada por ela seja o caso típico de orações com sujeitos diferentes, a exemplo de «O professor mudou o método de ensino para os alunos aprenderem melhor».
A referida oração («os antibióticos perderam eficácia devido à capacidade que as bactérias têm de lhes resistirem...») é um pouco diferente, devendo-se verificar a necessidade de flexão do infinitivo no âmbito somente da oração subordinada («as bactérias têm a capacidade de resistir aos antibióticos»). Para que flexioná-lo, se o sujeito é o mesmo?
É frase semelhante a estas: «Todos tinham receio de enfrentar o tirano», «Nós vivemos da esperança de ver um mundo mais justo», «Não cobiçavam a glória de ficar em posição de destaque».
Outras de estrutura diferente, mas com sujeito único, também não exigem flexão do infinitivo: "Eles quiseram estar presentes à cerimônia", "Esperamos construir a casa em seis meses".
Nesse caso, vale a máxima de "Por que dizer com muito aquilo que pode ser dito com pouco?".
Cada vez mais ouço/leio a utilização do verbo haver, mais no Brasil, menos em Portugal, quando representando um período de tempo, flexionado a acompanhar o outro verbo duma frase.
Por exemplo: «O preso cumpria pena havia dois anos.»
Sempre soube que não se devia flexioná-lo e dizer: «O preso cumpria pena há dois anos.»
Agradeço que me seja esclarecida esta dúvida.
Tenho sempre dúvida em relação a tempos compostos do conjuntivo, em particular, à distinção entre o pretérito perfeito composto do conjuntivo (PPC) e pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo (PMPC) nestas frases:
(1) Embora ela já tenha saído/ tivesse saído há muito tempo, ainda não chegou a casa.
(2) Embora ele o tivesse visto/ tenha visto, não o cumprimentou.
(3) Embora o Jorge lá tenha ido/ tivesse ido várias vezes, perdeu-se no caminho.
Diz-se no livro de gramática que o PMPC se usa para falar de uma ação anterior a outra também passada e que o PPC se usa para falar de uma ação já realizada em relação ao presente/ futuro.
Nestes três exemplos, a oração matriz ocorre no Pretérito Perfeito do Indicativo e refere-se a uma ação do passado, e, assim, fiquei confusa com o emprego do PPC nesses exemplos.
Em relação a (4), a frase subordinante ocorre no presente, enquanto a subordinada ocorre no PMPC (i.e., tivesse amado). Não sei porque a frase é correta.
(4) A Maria duvida/ acredita que o Rio a tivesse amado. (Gramática da Língua Portuguesa 2003: 269)
Obrigada!
As gramáticas costumam explicar a diferença entre o verbo ser e estar, na sua função copulativa, através da análise da efemeridade das propriedades ou estados, sendo o verbo estar usado nos casos de maior efemeridade. Todas as exceções são vistas como desvios idiomáticos, de referência ou proporção.
Parece-me, no entanto, que os seguintes exemplos, na sua expressão mais natural, mostram que não se trata tanto de uma questão de efemeridade ou transitoriedade, mas mais de uma questão de eventualidade ou contingência.
«Este processo químico agora é exotérmico, mas em pouco tempo será endotérmico.»
«Estes tipos de estrelas são azuis apenas dois segundos da sua vida.»
«Um lado da lua está sempre oculto.»
«Esta comida não é velha, mas está estragada.»
Assim, a verdadeira distinção entre esses verbos só indireta e probabilisticamente tem a ver com a efemeridade ou transitoriedade.
Qual é a diferença entre abençoar e bendizer?
Minha dúvida é se apenas o imperativo pode ser usado para um pedido ou se o infinitivo também.
Exemplo: «Por favor, não girar a chave duas vezes.»
Trata-se de uma opção mais formal e outra menos formal, ou, de fato, uma delas (verbo no infinitivo) está incorreta?
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