DÚVIDAS

A força ilocutória do verbo exigir
Na gramática de Leonor Sardinha e Luísa Oliveira, encontramos uma frase classificada como acto ilocutório compromissivo, do tipo «Exijo que amanhã entregues o trabalho de casa» (a frase não é exactamente esta, porém, de momento, não tenho presente o exemplo escolhido pelas autoras supracitadas). Após leitura da mesma, parece-me que estamos perante um acto ilocutório directivo, uma vez que se trata de uma ordem. Assim, agradeço que me elucidem relativamente a esta questão e aos actos ilocutórios em geral. Aproveito, igualmente, para felicitá-los pelo grande contributo que prestam ao português.
A expressão «acabar por último»
Vi uma notícia que assim começava: «O antigo ditado que os bons acabam por último não é exatamente verdadeiro. Pesquisas mostram que pessoas agradáveis podem ter mais sucesso no trabalho.» Ao ler a primeira frase, imediatamente entendi que os bons acabam, mas por último, pois os outros acabaram antes, o que seria vantagem para aqueles. Somente ao ler a segunda sentença percebi o sentido de prejuízo para os bons. Consultei um dicionário e percebi que «acabar por último» é vantagem para os bons se o verbo foi usado como intransitivo, e que é desvantagem se o verbo foi usado como transitivo (com o objeto "ocultado"). Está correto este meu entendimento? Grato pela atenção.
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