DÚVIDAS

Quando e se seguidos do presente do conjuntivo
Embora se diga que quando e se nunca são seguidos do presente do conjuntivo, o fato é que eu tenho visto, inúmeras vezes, o presente do conjuntivo depois de quando, em textos jurídicos de todo o mundo lusófono. O curioso é que, como nativo, essa aplicação me soa bem nesses casos, mas não na maioria dos casos, onde aplicaria o presente do indicativo ou o futuro do conjuntivo. Dou como exemplo a seguinte frase: «As concessões por arrendamento podem ser rescindidas, quando a utilização do terreno se afaste dos fins para que foi concedido.» De fato aqui a utilização do uso presente do conjuntivo parece tirar ousadia do futuro do conjuntivo de sugerir maior probabilidade ou concretude. Este uso está correto? Qual seria o critério para o seu uso?
Variantes do imperativo dormi e fazei
É mais ou menos comum ouvir [em certas regiões de Portugal] a expressão "Durmide (dormide) bem", ou "Fazeide boa viagem", ao expressar esse desejo a duas ou mais pessoas. Estas expressões parecem "descender" de «vós dormis» e «vós fazeis», ou melhor, se eliminássemos a terminação de teríamos dormi e fazei. Qual é a forma correta? Usar simplesmente durmam e façam? E que tempo verbal é este, por favor? Seria o imperativo? Muito obrigado.
Estilo e oração subordinada adverbial gerundiva
Sou revisora e, revisando, entravei-me neste trecho: «Ela atua como intermediária entre o banco e o consumidor, sendo responsável por informar ao cliente documentações necessárias.» Creio, e isso é pessoal, que se é possível evitar orações reduzidas de gerúndio e de partícipio, devemos fazê-lo, porque sempre trazem algum prejuízo à compreensão do leitor. Neste caso, que deveria eu inferir? A oração «sendo...» sugere causa, modo/temporalidade? Ou, ainda, que, aí, se vê uma oração coordenada assindética de gerúndio (que é algo que não se deve fazer)? Pendi muito mais ao último caso. Adoraria ter a ajuda de vocês. Obrigada!
Modo indicativo: perfeito, imperfeito
e mais-que-perfeito
Estou em dúvida nessas frases. Não seria correto o uso do pretérito perfeito? A) Há poucas semanas, encontrávamo-nos para celebrar o Natal. Entre as luzes do presépio, renovávamos os votos de esperança. B) Olhamos para o ano que se despedia, e ansiávamos pelo novo que receberíamos semanas depois. Todos naquela noite reconheceram que o ano fora turbulento. Na frase B, não seria foi ao invés de fora? Grata.    
Como causal com indicativo ou conjuntivo
Tenho uma dúvida para a qual não encontro explicação satisfatória. Ao escrever utilizando subordinadas causais, em especial utilizando "como" como sinônimo de "porque", por vezes tenho dúvidas quanto ao uso do indicativo ou do subjuntivo para melhor exprimi-las. Exemplo: "Como ele era um rapaz ousado, foi até lá." ou "Como ele fosse um rapaz ousado, foi até lá." Por vezes prefiro intuitivamente a segunda opção. Gostaria de saber se ambas estão corretas e qual a diferença neste caso. Obrigada desde já.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa