Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Tempo/Modo/Pessoa/Número (verbos)
Mayara Gomes Estudante Fortaleza, Brasil 1K

Estou em dúvida nessas frases. Não seria correto o uso do pretérito perfeito?

A) Há poucas semanas, encontrávamo-nos para celebrar o Natal. Entre as luzes do presépio, renovávamos os votos de esperança.

B) Olhamos para o ano que se despedia, e ansiávamos pelo novo que receberíamos semanas depois. Todos naquela noite reconheceram que o ano fora turbulento.

Na frase B, não seria foi ao invés de fora?

Grata.

 

 

Farajollah Miremadi Engenheiro Lisboa, Portugal 1K

Na CNN Portugal li a frase seguinte : «Tínhamos medo de viajar e sermos atingidos...»

Podia dizer-me como é que o escritor decide usar o segundo verbo no infinitivo pessoal ("sermos", e não "ser"), enquanto o primeiro verbo está no infinitivo ("viajar", e não "viajarmos") ?

Camila de Moura Tradutora São Paulo, Brasil 1K

Tenho uma dúvida para a qual não encontro explicação satisfatória.

Ao escrever utilizando subordinadas causais, em especial utilizando "como" como sinônimo de "porque", por vezes tenho dúvidas quanto ao uso do indicativo ou do subjuntivo para melhor exprimi-las.

Exemplo: "Como ele era um rapaz ousado, foi até lá." ou "Como ele fosse um rapaz ousado, foi até lá."

Por vezes prefiro intuitivamente a segunda opção. Gostaria de saber se ambas estão corretas e qual a diferença neste caso.

Obrigada desde já.

Célia Matos Administrativa Porto, Portugal 1K

«Os residentes abandonaram o prédio e fugiram, sem saberem se teriam casa no rescaldo.»

Nesta frase é correto empregar-se o infinitivo flexionado (sem saberem)? «Sem saber» não será mais correto, já que o sujeito das duas orações é o mesmo? A frase foi retirada da Revista E do semanário Expresso desta semana (7 de outubro).

Ricardo Madureira Professor Juiz de Fora, Brasil 3K

No período «Tendo em vista que os recursos são escassos, devemos economizar», «tendo em vista que» pode ser considerada uma locução conjuntiva, e a oração introduzida por ela, subordinada adverbial causal?

Explico minha dúvida: em «tendo em vista que», há um verbo (tendo). Uma locução conjuntiva pode conter verbo?

Segundo: não se trata de oração reduzida de gerúndio, pois há um verbo finito no primeiro período (são), então acabei não chegando à conclusão nenhuma.

Desde já agradeço pela atenção. Um abraço apertado a todos os irmãos unidos pela língua portuguesa!

Luiz Hygino Cunha Lima Reformado Aveiro , Portugal 2K

Cada vez mais ouço/leio a utilização do verbo haver, mais no Brasil, menos em Portugal, quando representando um período de tempo, flexionado a acompanhar o outro verbo duma frase.

Por exemplo: «O preso cumpria pena havia dois anos.»

Sempre soube que não se devia flexioná-lo e dizer: «O preso cumpria pena há dois anos.»

Agradeço que me seja esclarecida esta dúvida.

Yang Ya Professora Beijing, China 2K

Tenho sempre dúvida em relação a tempos compostos do conjuntivo, em particular, à distinção entre o pretérito perfeito composto do conjuntivo (PPC) e pretérito mais-que-perfeito composto do conjuntivo (PMPC) nestas frases:

(1) Embora ela já tenha saído/ tivesse saído há muito tempo, ainda não chegou a casa.

(2) Embora ele o tivesse visto/ tenha visto, não o cumprimentou.

(3) Embora o Jorge lá tenha ido/ tivesse ido várias vezes, perdeu-se no caminho.

Diz-se no livro de gramática que o PMPC se usa para falar de uma ação anterior a outra também passada e que o PPC se usa para falar de uma ação já realizada em relação ao presente/ futuro.

Nestes três exemplos, a oração matriz ocorre no Pretérito Perfeito do Indicativo e refere-se a uma ação do passado, e, assim, fiquei confusa com o emprego do PPC nesses exemplos.

Em relação a (4), a frase subordinante ocorre no presente, enquanto a subordinada ocorre no PMPC (i.e., tivesse amado). Não sei porque a frase é correta.

(4) A Maria duvida/ acredita que o Rio a tivesse amado. (Gramática da Língua Portuguesa 2003: 269)

Obrigada!

Paulo Manuel Sendim Aires Pereira Engenheiro Costa Rica MS, Brasil 4K

As gramáticas costumam explicar a diferença entre o verbo ser e estar, na sua função copulativa, através da análise da efemeridade das propriedades ou estados, sendo o verbo estar usado nos casos de maior efemeridade. Todas as exceções são vistas como desvios idiomáticos, de referência ou proporção.

Parece-me, no entanto, que os seguintes exemplos, na sua expressão mais natural, mostram que não se trata tanto de uma questão de efemeridade ou transitoriedade, mas mais de uma questão de eventualidade ou contingência.

«Este processo químico agora é exotérmico, mas em pouco tempo será endotérmico.»

«Estes tipos de estrelas são azuis apenas dois segundos da sua vida.»

«Um lado da lua está sempre oculto.»

«Esta comida não é velha, mas está estragada.»

Assim, a verdadeira distinção entre esses verbos só indireta e probabilisticamente tem a ver com a efemeridade ou transitoriedade.

Línlya Sachs Professora Londrina, Brasil 1K

Minha dúvida é se apenas o imperativo pode ser usado para um pedido ou se o infinitivo também.

Exemplo: «Por favor, não girar a chave duas vezes.»

Trata-se de uma opção mais formal e outra menos formal, ou, de fato, uma delas (verbo no infinitivo) está incorreta?

Ana Henriques Estudante Ponta Delgada, Portugal 3K

Relativamente à formação do nome derivado do verbo reusar, o mesmo deve ser acentuado ou não?

Qual a forma correta, "reúso" ou "reuso"?

Grata pela atenção