É mais ou menos comum ouvir [em certas regiões de Portugal] a expressão "Durmide (dormide) bem", ou "Fazeide boa viagem", ao expressar esse desejo a duas ou mais pessoas.
Estas expressões parecem "descender" de «vós dormis» e «vós fazeis», ou melhor, se eliminássemos a terminação de teríamos dormi e fazei.
Qual é a forma correta? Usar simplesmente durmam e façam? E que tempo verbal é este, por favor? Seria o imperativo?
Muito obrigado.
Sou revisora e, revisando, entravei-me neste trecho:
«Ela atua como intermediária entre o banco e o consumidor, sendo responsável por informar ao cliente documentações necessárias.»
Creio, e isso é pessoal, que se é possível evitar orações reduzidas de gerúndio e de partícipio, devemos fazê-lo, porque sempre trazem algum prejuízo à compreensão do leitor.
Neste caso, que deveria eu inferir? A oração «sendo...» sugere causa, modo/temporalidade?
Ou, ainda, que, aí, se vê uma oração coordenada assindética de gerúndio (que é algo que não se deve fazer)? Pendi muito mais ao último caso.
Adoraria ter a ajuda de vocês.
Obrigada!
Na frase seguinte, deve-se utilizar a palavra vida em plural ou bem singular?
«Carlos Moedas disse que se lembrou perfeitamente de um outro incêndio, também em Lisboa, no qual duas pessoas perderam a vida.» (ou «as vidas»?)
Obrigado.
Com «creio que» uso tempos simples. Presumo que estou correta quando este é o começo de uma opinião.
Mas, se for o começo de um cenário surreal/irreal, é exigido o uso do conjuntivo?
Por exemplo: «Creio que ouça fantasmas.»
Ou posso ainda neste caso usar o modo indicativo: «Creio que ouço fantasmas»?
Obrigada.
Estou em dúvida nessas frases. Não seria correto o uso do pretérito perfeito?
A) Há poucas semanas, encontrávamo-nos para celebrar o Natal. Entre as luzes do presépio, renovávamos os votos de esperança.
B) Olhamos para o ano que se despedia, e ansiávamos pelo novo que receberíamos semanas depois. Todos naquela noite reconheceram que o ano fora turbulento.
Na frase B, não seria foi ao invés de fora?
Grata.
Na CNN Portugal li a frase seguinte : «Tínhamos medo de viajar e sermos atingidos...»
Podia dizer-me como é que o escritor decide usar o segundo verbo no infinitivo pessoal ("sermos", e não "ser"), enquanto o primeiro verbo está no infinitivo ("viajar", e não "viajarmos") ?
Tenho uma dúvida para a qual não encontro explicação satisfatória.
Ao escrever utilizando subordinadas causais, em especial utilizando "como" como sinônimo de "porque", por vezes tenho dúvidas quanto ao uso do indicativo ou do subjuntivo para melhor exprimi-las.
Exemplo: "Como ele era um rapaz ousado, foi até lá." ou "Como ele fosse um rapaz ousado, foi até lá."
Por vezes prefiro intuitivamente a segunda opção. Gostaria de saber se ambas estão corretas e qual a diferença neste caso.
Obrigada desde já.
«Os residentes abandonaram o prédio e fugiram, sem saberem se teriam casa no rescaldo.»
Nesta frase é correto empregar-se o infinitivo flexionado (sem saberem)? «Sem saber» não será mais correto, já que o sujeito das duas orações é o mesmo? A frase foi retirada da Revista E do semanário Expresso desta semana (7 de outubro).
No período «Tendo em vista que os recursos são escassos, devemos economizar», «tendo em vista que» pode ser considerada uma locução conjuntiva, e a oração introduzida por ela, subordinada adverbial causal?
Explico minha dúvida: em «tendo em vista que», há um verbo (tendo). Uma locução conjuntiva pode conter verbo?
Segundo: não se trata de oração reduzida de gerúndio, pois há um verbo finito no primeiro período (são), então acabei não chegando à conclusão nenhuma.
Desde já agradeço pela atenção. Um abraço apertado a todos os irmãos unidos pela língua portuguesa!
Cada vez mais ouço/leio a utilização do verbo haver, mais no Brasil, menos em Portugal, quando representando um período de tempo, flexionado a acompanhar o outro verbo duma frase.
Por exemplo: «O preso cumpria pena havia dois anos.»
Sempre soube que não se devia flexioná-lo e dizer: «O preso cumpria pena há dois anos.»
Agradeço que me seja esclarecida esta dúvida.
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