DÚVIDAS

Orações coordenadas explicativas introduzidas por «porque»
Gostaria de saber qual o motivo que leva a que raramente veja exemplos de orações coordenadas explicativas introduzidas por porque. Tenho-me deparado sempre com exemplos onde consta pois. Por outro lado, também raramente vejo exemplos de orações subordinadas causais introduzidas por pois. Em conversa com colegas, dizem-me «Os miúdos não as sabem distinguir se utilizarmos para os dois exemplos». Ora, sabendo nós que cada vez mais os alunos têm dificuldade em interpretar, creio que seria conveniente, desde cedo, fazê-los contactar com as diferentes hipóteses. Isto é como o falar/o oral. Cada vez mais ouço (inclusive a professores) «Eu já "falei" isso», «Eu dei "a ele"». Acredito que, se não utilizarmos as palavras, no contexto correto, qualquer dia deixamos de ter esta maravilhosa (consciente de que também difícil) língua que é o português.
A preposição desde e a locução «sempre que»
Estudando as conjunções subordinativas (norma culta), me deparo com a seguinte informação: a preposição desde (sem partícula que) está arrolada na listagem de conjunções subordinativas condicionais conforme transcrito abaixo: se, salvo se, desde que, exceto se, caso, desde, contanto que, sem que, a menos que, uma vez que, sempre que, a não ser que,… Ainda estranhei a inclusão de sempre que. Será um lapso ou de fato isso existe na língua culta portuguesa? Gostaria, se possível fosse, de uma orientação da parte do Ciberdúvidas.
Orações começadas por para
Examinem-se as seguintes frases: «Carlota disse ao filho para não voltar à cidade.» «Ela lhe pediu para não chamá-la de Doquinha.» «No auge da aflição, seu companheiro gritava-lhe para não sair do lugar.» Gostaria de saber sobre a legitimidade das orações iniciadas por para. São um caso de contaminação sintática? De coloquialidade? Como analisar esse tipo de orações? Obrigado.
«Ser de opinião» + de + oração
Conforme resposta dada a consulta datada de 22 de janeiro de 2018, aliás feita por mim, a forma canônica da frase apresentada naquela ocasião é a seguinte: «Ele era de opinião que céu cinzento e gotas de chuva nas janelas tiram o ânimo e causam melancolia.» Em sendo assim, posso considerar que a oração subordinada («que céu cinzento...») se classifica como apositiva em relação ao termo «opinião»? Obrigado.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa