O termo alimentologia
Na página de uma empresa multinacional no setor da alimentação, lê-se o seguinte título:
«A Ciência da Alimentologia»
O termo "alimentologia" está bem formado? É correto o seu uso?
Obrigado.
A regência de complementaridade
Considerando a frase:
«A Igreja se enriquece da complementaridade entre os estados de vida: o leigo, evangelizando as realidades temporais; o clérigo, servindo ao povo de Deus nos sacramentos e no governo pastoral; o religioso, sustentando com sua oração todo o corpo eclesial"
A preposição entre, que segue o substantivo feminino singular complementaridade, está correta?
Ou o correto seria:
«A Igreja se enriquece da complementaridade dos estados de vida: [...]»?.
E se ambas as palavras são possíveis, quando utilizar a preposição entre e de depois de complementaridade?
Os diminutivos e a redução vocálica em Portugal
Na formação do diminutivos das palavras bolo>bolinho, porta>portinha, escola>escolinha - onde é que se dá o processo da redução vocálica?
Em todos ou apenas em algum deles?
Caso não seja em todos, por que razão é que acontece?
Obrigada.
Alguém vs. outrem
Se alguém tem acento, como explicar que outrem seja sem acento?
Muitíssimo obrigado e um grande abraço!
A etimologia de rota e roteiro
Prezados especialistas do sítio Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, o melhor sobre nosso idioma que conheço!
Escrevo para solicitar, gentilmente, um esclarecimento etimológico e histórico um tanto mais completo quanto possível para uma pesquisa acadêmica. Esta trata dos intitulados «roteiros experimentais» no Brasil (talvez «guias de procedimentos laboratoriais» ou «guião experimental» em Portugal), o que me levou a investigar a origem e a evolução semântica da palavra "roteiro". Minha pesquisa preliminar indica o seguinte:
(a) Formação: roteiro deriva de rota + eiro;
(b) Raízes latinas: rota pode ter origem em rupta («caminho aberto», do verbo rumpere) ou rotulus («rolo, registro escrito»); e,
(c) Contexto histórico: O termo consolidou-se durante as Grandes Navegações para designar textos-guias de navegação detalhados.
Gostaria de colaboração para compreender os seguintes pontos:
1. Datação e consolidação lexical: existem evidências textuais (em documentos medievais ou do português arcaico) que permitam datar, mesmo que aproximadamente, o período em que a palavra roteiro se consolidou no vocabulário português comum, diferenciando-se de sinônimos como itinerário ou rota?
2. Prevalência da raiz: qual das hipóteses latinas (rupta ou rotulus) é considerada a raiz dominante pela etimologia acadêmica portuguesa para a palavra rota, e, consequentemente, para roteiro? Proviria do francês route?
3. Evolução semântica do sufixo -eiro: gostaria de um parecer sobre a evolução do sufixo -eiro neste contexto. Seria a analogia com roupeiro (lugar que contém roupas, aqui no Brasil, pelo menos) semanticamente válida para roteiro (documento que contém rotas, instruções, ou caminhos a seguir), justificando a sua transição do meio náutico para o científico e artístico (guias de laboratório, guiões de cinema, etc.)?
Esta palavra realmente é um desafio para mim.
Agradeço a atenção e o valioso contributo.
A regência de capaz
O adjetivo capaz exige qual preposição?
O Dicionário Prático de Regência Nominal de Luft diz que o adjetivo capaz pode exigir a preposição para:
«Para: Cidadão capaz [apto] para algo, para o trabalho. 'Vários tratantes e algumas pessoas capazes para intermédios'". (Garrett: Cruz)
Porém, achei apenas a preposição de em todos os dicionários consultados por mim (Priberam, Aulete...).
Desde já, agradeço-lhes a atenção.
Estar com o particípio passado transformado
Na frase seguinte, qual é a função da palavra transformado?
«Os dois primos adoravam o velho celeiro que estava transformado em garagem.»
Coordenação correlativa: «nem... nem...»
Na frase «Nem telefonaste nem apareceste.», como se classificam as orações introduzidas por nem?
Há colegas que as classificam como coordenadas copulativas e outros como disjuntivas. Fiquei com dúvidas.
Obrigada.
O nome carro-chefe
Ao assistir à exibição da telenovela brasileira A Dona do Pedaço, da TV Globo, retransmitida na SIC, a actriz utilizou a seguinte expressão, que eu acho ser um brasileirismo, pois nunca a ouvi em Portugal: "carro-chefe".
Podem-me explicar de onde surge, e o que significa esta mesma expressão?
Obrigado e muitas felicidades para o vosso trabalho, na defesa da língua portuguesa.
Dizer e «ponto de vista»
Sobre o uso do verbo/constituinte destacado, queria esclarecer se a frases está correta:
«Os alunos DIZEM o seu ponto de vista DA VIAGEM.»
Obrigado.
