Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Concordância
Carmen Maçorano Professora Vila Nova Gaia, Portugal 10K

Diz-se «todos os dias é Natal» ou «todos os dias são Natal»?

Maria Monteiro Lisboa, Portugal 27K

Diz-se «nos 1.º e 2.º ciclos» ou «no 1.º e 2.º ciclo»?

Orlando Brasalano Lisboa, Portugal 3K

Tendo em conta que a palavra fautor tem como correspondente feminino a palavra fautriz, gostaria muito de saber porque não sucede o mesmo com a palavra – quase homónima e rigorosamente sinónima – factor, ou, caso suceda, qual a correspondente feminina.

Obrigado.

João Calceteiro Funcionário público Viana do Castelo, Portugal 6K

Na frase «olhou para um e outro lados», podem dizer-me se "lados" deve ir para o plural, ou ficar no singular? «Olhou para um e outro lado»?

Muito obrigado.

Aproveito para lhes dar os parabéns e manifestar-lhes a minha gratidão por terem criado este site que, não o parecendo, contribui, mais do se pensa, para falarmos e escrevermos um português digno.

Saudações.

Jacinto Braga Economista Setúbal, Portugal 4K

Gostaria de saber a vossa opinião acerca da gramaticalidade das seguintes frases:

(a) Um terço das mulheres presentes está grávida.

(b) Das mulheres presentes, um terço está grávida.

Este assunto foi discutido [num] fórum. O que se passa nestas frases é que temos uma concordância mista: um adjetivo, grávida, que concorda em número com o sujeito gramatical, «um terço das mulheres/das mulheres, um terço», e em género com o sentido desse sujeito, que são várias mulheres (coisa que tenho visto designada por concordância siléptica).

[O] vosso artigo "Concordância total e parcial ou atrativa" discute uma concordância “mista” (global em número, atrativa em género) no caso de um sujeito composto por uma lista de nomes, e diz que há gramáticos que a admitem. Não me parece grande acrobacia adaptar essa concordância “mista” às minhas frases acima. Mas gostaria de saber se isto é considerado aceitável ou até mesmo recomendável face a alternativas como «das mulheres presentes, um terço está grávido/estão grávidas».

Pedro Ferreira Professor Portugal 48K

Deve escrever-se «Este é um dos motivos pelos quais sou como sou» ou «Este é um dos motivos pelo qual sou como sou»?

Obrigado.

Isabel Sá Bibliotecária Cascais, Portugal 16K

Gostaria que me confirmassem que a seguinte frase está errada, a saber:

«Também isto são a história, o património e a identidade cascalenses!»

Neste caso não é «são», mas, sim, «é», não é? Mesmo que faça alguma confusão, pois são três conceitos que estão em causa.

Obrigada.

Polyana Prates de Oliveira Plais Professora Belo Horizonte, Brazil 13K

Na frase «embora ele tenha detalhado cada ponto de Lisboa», a expressão «cada ponto de Lisboa» poderia ser substituída pelo pronome oblíquo os de modo que a frase ficasse «embora ele os tenha detalhado»? Ou nesse caso a regra da concordância com o pronome indefinido cada é imperativa?

Agradeço desde já a atenção!

António Carlos Quinto Jornalista São Paulo, Brasil 46K

«Convidam todos os interessados "a acessar" o site», ou «"a acessarem" o site»?

Qual a forma correta?

Obrigado.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 6K

Na resposta sobre o tema suprarreferido, afirmou-se:

«c) mas, se articularmos duas orações, sem que estas se encaixem numa frase matriz para aí desempenharem a função de sujeito (p. ex., «Eles cometeram pecados e têm vícios»), não falamos em sujeito composto, porque cada oração tem o seu próprio sujeito, eventualmente indeterminados, apesar de correferentes, como ocorre em «pensa-se e diz-se», cujos sujeitos são indeterminados.»

A frase comentada é a seguinte: «Pensa-se e diz-se que é possível que haja vida noutros planetas.»

Penso que não haja aí sujeitos indeterminados, mas sujeitos oracionais representados pela frase «que é possível», sendo «que haja vida noutros planetas» também sujeito oracional de «é possível».

Trata-se, em meu entender, de um interessante encadeamento de orações com vínculo sintático com «pensa-se» e «diz-se».

Peço ao professor Carlos Rocha a fineza de comentar.

Obrigado.