Pronomes de interesse (dativo ético)
Gostaria de saber a função sintática do pronome lhe na frase «ele pediu que lhe fatiassem duzentos gramas de mortadela».
Grato!
A classe de palavras, a sintaxe e a semântica de morador
Na frase «Álvaro, morador na Rua das Acácias, foi assaltado ao sair de casa», o termo “morador” está funcionando como adjetivo ou substantivo?
Em sendo substantivo, seria concreto ou abstrato?
Pergunto ainda: morador é adjetivo ou substantivo derivado do verbo morar? A expressão «na Rua das Acácias» é complemento nominal ou adjunto adnominal?
Obrigado.
O uso de cujo/a = «de quem»
Em Auto de Filodemo, de Luís de Camões, há uma passagem coloquial assim:
«Dionísa: Cuja será? Solina: Não sei certo cuja é.»
Em linguagem hodierna, seria mais comum ouvir/ler «de quem será?», «não sei certo de quem é».
Esse uso de cujo lembra-me o uso de cujus no latim:
Cujus filius Marcus est? («De quem Marcos é filho?»)
Em seu livro, Tradições Clássicas da Língua Portuguesa, o Padre Pedro Andrião diz ser possível tal uso e dá-nos uma lista grande de exemplos nos autores clássicos, desde Camões, Sá de Miranda, a Garrett, Camilo etc.
Pois então, vos pergunto, que recomendam? É lícito o uso?
A construção «o guloso do rato»
Em «o guloso do rato», qual a classe de palavras a que pertence guloso?
Trata-se de um adjetivo qualificativo, uma vez que caracteriza o rato («o rato guloso»), ou de um nome, uma vez que é precedido pelo determinante o?
O uso apositivo do adjetivo coitado
Nas frases seguintes, qual a função sintática de coitado?
1. Coitado, ele continua muito doente.
2. Ele continua muito doente, coitado.
3. Ele, coitado, continua muito doente.
Obrigado.
Entre e por entre
Creio que percebo o sentido de por entre (aliás, uma resposta anterior do Ciberdúvidas fortaleceu-me nessa opinião). No entanto, pergunto-me se podemos sempre usar entre onde por vezes nos parece melhor por entre.
Acabo de ler uma frase que termina com «ouvindo o sussurro do vento entre as árvores». Neste caso, parece-me que o correto deve ser «por entre as árvores», como se estivéssemos a falar de um movimento que ocorre no interior da floresta... Não sei se estou a ser claro.
Em suma, gostava de saber se há alguma diferença clara entre entre e por entre. No exemplo que acabo de dar, não deveria ler-se por entre?
Muito obrigado.
Valores do modificador do grupo verbal
Para além do valor temporal, locativo e modal, que outros valores pode apresentar o modificador do grupo verbal?
Agradeço desde já a vossa ajuda.
A preposição por e a locução «por causa de» para hispanofalantes
Na minha profissão, sendo hispanofalantes a maioria dos meus alunos, deparo-me sistematicamente com o que me parece ser um uso indevido da preposição por (e as suas contrações), mas não tenho a certeza de como lhes explicar esta questão.
Vejo muitas vezes formações como:
O jogo foi cancelado pela tempestade. (devia ser «por causa da tempestade»)
Estamos confinados pela Covid. (devia ser «por causa da Covid»)
Não posso sair pela porta, visto que não tenho a chave. (pretende-se dizer «tenho de ficar em casa por causa da porta»)
A lei foi escrita pelo presidente, que cometeu um crime. (pretende-se dizer «por causa do crime do presidente»)
Os erros nas duas últimas frases parecem-me particularmente graves; gera-se confusão com as preposições de movimento e com os agentes da passiva. No entanto, há outras situações em que, aparentemente, podemos usar tanto por como «por causa de»:
A caravela, pelas suas características, era a embarcação ideal para navegar naquelas condições. (ou "por causa das suas características")
O livro, pela sua dificuldade, tem de ser lido por partes. (ou "por causa da sua dificuldade")
O empregado, pela sua experiência, devia ser promovido. (ou "por causa da sua experiência")
Como posso explicar em que casos posso ou não usar ambas as alternativas?
Muito obrigado desde já.
Sobre a correção de «denominar (alguma coisa) de...»
«Denominada de...» é errado?
Deve ser escrito, sem exceções, sem preposição?
Uma oração com a função de complemento do nome
Em «a nobreza e pessoas de fortuna utilizavam adereços e substâncias aromáticas como forma de mascarar as suas imperfeições e criar uma imagem de sublimidade, beleza e até de semelhança a(os) deus(es).», a oração introduzida por «como» é subordinada adverbial comparativa ou final? Porquê?
Agradecido pelo ímpar apoio.
