Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 2K

Para a pergunta «é que», deparei com a seguinte resposta do Ciberdúvidas:

«Rodrigo de Sá Nogueira, no seu Dicionário de Erros e Problemas de Linguagem (Livraria Clássica Editora, Portugal), explica esse é que (ou foi que) por imitação do francês "c'est que…". E não lhe via, já nesse tempo, qualquer deselegância gramatical . Antes pelo contrário: "Trata-se de uma expressão radicada, consagrada pelo uso, e, diga-se de passagem, de muita expressividade." À luz da gramática portuguesa, R. Sá Nogueira justifica este tipo de construção como uma frase elíptica, que dá força e realce a uma determinada ideia ou informação. No exemplo apontado, a frase seria assim: "A escola recuou na sua proposta. Porque (é que) faltam os fundos necessários." E remete-nos para o que escreveu sobre o mesmo assunto o insuspeito Vasco Botelho de Amaral. Vem no Glossário Crítico de Dificuldades do Idioma Português (Editorial Domingos Barreira, Porto, esgotadíssimo) e é a defesa mais acalorada que conheço da "espontaneidade e relevo expressivo" da partícula é que – um recurso estilístico comum, de resto, em clássicos como Viagens na Minha Terra, de Almeida Garrett, ou Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro. A transposição da oralidade – propositada, por exemplo, no jornalismo radiofónico e de TV – para uma linguagem escorreita é que, algumas vezes, deixa muito a desejar…»

A minha dúvida recai sobre a explicação que dá para é que Epiphânio Dias na sua Syntaxe Histórica Portuguesa. Com base nela, é que resultaria da perda de concordância do verbo seguido do antecedente demonstrativo o acompanhado de oração relativa introduzida pela conjunção que: «Eu sou o que sei.», «Eu é que sei.»

Quem estaria com a razão, Epiphânio Dias ou Sá Nogueira?

Cumprimentos

Emiliano Gomes Professor Lisboa, Portugal 10K

Queria saber se é agramatical dizer «1h da tarde», «2h da tarde», «5h da tarde» ou «10h da manhã», etc..

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 4K

Desejava saber como se deve construir o verbo acompanhar na acepção de «relacionar-se com», «associar-se a», e na de «ser servido com», falando-se de pratos.

Exemplos: «A Miguela acompanha com um rapaz estranho», «A Miguela acompanha-se com um rapaz estranho», «A feijoada é um prato português e acompanha-se com laranja e arroz branco» e «A feijoada é um prato português e acompanha com laranja e arroz branco.»

Sempre se disse: acompanhar-se com? Modernamente o pronome se caiu? Quais são preferíveis das construções na norma culta portuguesa?

Agradecimentos cordiais do Brasil.

Humberto Aparecido Santos Servidor público Rio de Janeiro, Brasil 15K

Nas frações que têm os denominadores múltiplos de 10, de 20 a 90, a leitura pode ser feita também como nos numerais ordinais. O mesmo pode ser feito para múltiplos de 100, de 200 a 900. E os denominadores múltiplos de 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000, etc.?

Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 9K

Tenho esta dúvida: os diminutivos dos nomes das pessoas também perdem o acento?

Por exemplo: Álvaro – "Alvarinho" ou "Àlvarinho"? Rúben – "Rubeninho" ou "Rùbeninho"? Tomás – "Tomazinho" ou "Tomàzinho"?

Muito obrigado.

Antonio Serdoura Reformado Tomiño - Pontevedra, Espanha 15K

Considero a expressão «acho que», utilizada como sinónimo de «penso que» (ou «considero que»), uma mediocridade linguística, infelizmente, muito em voga em Portugal. Será moda de telenovela ou influência daquela coisa denominada «acordo ortográfico de 1990»?

Cordiais saudações.

Daniel Medina Tradutor Granada, Espanha 2K

[...] Queria perguntar se o termo «luzes do norte» é um calco do inglês, ou se realmente o usam como sinónimo para "aurora boreal".

Muito obrigado.

Ana Lorena Ramalho Editora Lisboa, Portugal 5K

Gostaria que me explicassem, se possível, a regra de entrada de capítulo, no qual a primeira linha do capítulo não tem tabulação (avanço) mas as primeiras linhas dos parágrafos seguintes têm.

Francisco Pedro Livreiro Chaves, Portugal 6K

Gostaria de saber se é aceitável pronunciar-se e escrever-se «meter-se à bulha». Por exemplo, no Infopédia, pode ler-se «meter à bulha – provocar a discórdia entre». Mas está correto dizer «meter-se à bulha», querendo esta última construção significar «meter-se numa rixa, envolver-se numa quezília»? E, neste sentido, existe alguma palavra que seja definida como «grande luta, grande desavença»? Ou as palavras bulha e rixa significam, só por si, uma grande rixa?

Grato pela atenção.

Simão Reis Gestor Lisboa, Portugal 19K

«És muito bem comportado, pois és?»/«És muito bem comportado, não és?»

«Gostas muito de gelado, pois é?»/«Gostas muito de gelado, não é?»

«O gato é querido, pois é?»/«O gato é querido, não é?»

Existe a expressão «pois é» ou «pois és» nestes contextos? A expressão não será «não é»?