Tenho lido na imprensa espanhola a palavra cotianidad, umas vezes, e cotidianeidade, outras.
Como seria em português: "quotidianidade" ou "quotidianeidade"?
Confesso que preferiria sempre usar outras expressões mais correntes na nossa língua – tipo, "dia a dia", "normalidade", etc. –, mas fiquei curioso em saber da sua aceitação em português.
Ao final da página 82 do livro 19 da obra Portugal, uma retrospetiva aparece é referido o «arrabiado da Beira». Consultado o Dicionário da Priberam, nele não consta a definição da palavra "arrabiado", razão desta minha pergunta aqui.
Desde já, obrigado.
Quando quero me referir à maneira de pagar alguma coisa, qual das frases abaixo está correta?
1) Pagar à prestação.
2) Pagar a prestações.
Como se escreve: "sináptica", ou "sinática"?
Já se falou aqui do uso do advérbio samicas, usado por Gil Vicente, com o sentido de «talvez», «porventura» ou «quiçá».
Agora encontrei em Sucessos de Portugal, Avisos do Céu, de Luís de Torres de Lima (1.ª ed. Lisboa, 1630, 2.ª ed. Coimbra, 1654), o seguinte trecho (ortografia actualizada):
«E com ouvirem estas lamentações acabaram de crer os que estavam fora que aquele era el-Rei ou a alma de Samicas em seu lugar.» (O contexto é o aparecimento na Ericeira de um falso rei D. Sebastião).
Samicas é aqui um nome cujo significado me escapa.
No Vocabulário de Bluteau (1638-1734), encontro, além do advérbio samicas, sinónimo arcaico de porventura, isto: «SAMICAS, chama o vulgo ao homem coitado, pobre de espírito, etc.»
Tenho dúvidas que tenha sido com este sentido que Torres de Lima usou o termo.
Campanha pertence à família de palavras de campo?
Haverá alguma incorreção na expressão «centro de propagação do vírus», quando pretendemos referir o local de onde irradiou o contágio?
Não será um caso de abuso, incorreção, ou "novo-riquismo" (linguístico), o uso de epicentro (nesta e noutras circunstâncias idênticas) em vez de centro?
Muito obrigado.
Em inglês, há a palavra trapper, e, em espanhol, há a palavra tramposo (ambas seriam, em português, "armadilheiro", por de certo).
Armadilha em inglês é trap, e, em espanhol, é trampa. Qual será então o motivo de não haver a palavra "armadilheiro" em português? Embora eu já a tenha visto em certas traduções de histórias em quadrinhos, animações, videogames e jogos de cartas colecionáveis... mas, oficialmente, não existe em nosso idioma!
Em português de Portugal, devemos escrever «estar de quarentena» em vez de «estar em quarentena»? Qual dos dois o mais correto?
Antecipadamente grata pela vossa resposta.
Tendo em conta que o verbo testar é transitivo directo, isso não faz de «positivo» em «testar positivo"»o complemento directo?
Não me parece fazer sentido. Testa-se a pessoa, não o resultado, diria eu. Soa-me a um decalque do inglês "test positive for", mas encontram-se tantos exemplos na imprensa, que fico na dúvida.
Ficaria muito agradecido se pudessem clarificar esta questão.
O consulente escreve segundo a norma ortográfica de 1945.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações