Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Pronúncia
Diogo Baptista Estudante Lisboa, Portugal 5K

Com frequência tenho escutado em português do Brasil som do u após o q em palavras que em português de Portugal não o seriam, exemplos disso são líquido – liqüido, liquidificador – liqüidificador, liquidação– liqüidação, bem como em outras palavras.

Inicialmente pensei tratar-se de um erro mas após breve pesquisa soube que se trata de um termo antigo que o acordo veio unificar seguindo a versão, do português de Portugal.

Ainda mais estranho é visto que a versão do português do Brasil seguia o passado etimológico da palavra em latim bem como é semelhante a outras línguas com origem latina ou influência do latim.

Questiono a que se deve esta diferença e segundo a lógica e a etimologia qual seria a opção mais correta de se usar?

Leandro Tiago Reformado Porto, Portugal 1K

Gostaria de saber qual a pronúncia correta da palavra Azeméis, mais concretamente no nome da cidade de Oliveira de Azeméis.

Azeméis não deveria ser pronunciado com e aberto, como em hotéis e papéis?

Teresa Coelho Professora Aveiro, Portugal 1K

Tendo estado presente no Congresso dos Centros de Formação de Associações de Escolas, vulgarmente redigido CFAE, ouviu-se a pronúncia de duas formas que tentarei ilustrar: "CEfae" ou "QUEfae".

Sabendo que os acrónimos se leem como as palavras e as sua regras, gostaria de ser esclarecida quanto a este.

Muito obrigada

Maria da Conceição Dias Neves Professora Castelo Branco, Portugal 6K

Na passagem do latim anima («alma») para “anma” e, depois, para alma, além da síncope, que outro processo ocorreu (de “anma” para alma)?

Muito obrigada.

João Almeida Estudante Portugal 1K

Como já foi escrito neste sítio, na Resposta a "Taquicardia" (dada por Carlos Rocha, 13 de novembro de 2013), o consenso académico coloca taquicardia, com o acento [tónico]em di, como a pronúncia correta.

Contudo, a minha dúvida vai no sentido de que o segundo elemento desta palavra provém do étimo grego κᾰρδῐ́ᾱ (kardíā); ao passar esta palavra para o latim científico (fonte de infinitos termos médicos), colocamo-la sob a regra da penúltima, que nos diz que a penúltima sílaba, por ser breve (a sílaba grega original é um iota breve), perde o acento, que passa para a antepenúltima sílaba.

Deste modo, o termo médico em latim científico tachychardia passaria a pronunciar-se com acento na antepenúltima sílaba, como o seu termo cognato em português, taquicardia, do mesmo modo como ocorre na pronúncia espanhola de taquicardia?

(Nota: na Resposta a "A pronúncia e o acento de ambrósia" (Carlos Rocha, 18 de maio de 2021), o iota breve de ἀμβροσία (ambrosía) também faz com que, na transposição latina, o acento passe para a antepenúltima sílaba.)

Ranjodh Singh Arora Estudante Noida, UP, Índia 1K

Que palavras além de dâblio têm um â (a com acento circunflexo) antes de consoantes não nasais?

Ausse Saide Docente Cairo, Egito 3K

O que significa «consoantes geminadas» ou «duplas»? Será que pode dar-se como exemplo o nome arábe Muhammad, porque na língua árabe temos algo que se chama xaddah, que representa duas consoantes através de um símbolo?

É que não sei se no português digo "geminado" ou se temos uma outra designação.

Obrigado.

Mónica Costa Professora Amarante, Portugal 2K

Pode considerar-se que existe rima entre as palavras vivida e pensada?

José Alves Professor Brasil 1K

Gostaria de saber como é que a pronúncia do "e" átono, que era pronunciado como "i", passou a ser pronunciado como /ɨ/.

Também gostaria de saber se esse é um fenómeno que ocorre com todos os is átonos, e não somente os que derivam dum "e" átono.

Em galego-português, ou até mesmo no período pré-clássico, o "e" átono era registrado, na escrita, como um "i", devido a harmonização vocálica, processo que ainda acontece no Brasil, como é possível observar em palavras como "pepino" antes também escrita como "pipino", e até mesmo quando eram nasais, como em "mentir" (mintir), "mentira" (mintira), "ensinar" (insinar), que aparecem escritas assim até em Os Lusíadas.

Sempre me pergunto como é que uma mudança tão grande como essa foi "desfeita", e o "e" que tinha passado para um "i" é agora um "ɨ", e no caso das nasais, voltou a ser pronunciado como "e".

Ana Mafalda Pinto Profissional de turismo Mem-Martins, Portugal 2K

Já ouvi vários professores de Português para estrangeiros explicarem que o R carregado é gutural e comparam-no com o castelhano dizendo que este não o é. Inclusive tenho visto videos no YouTube a exemplificarem como se deve pronunciar o tal erre gutural.

Também uma minha professora de inglês que dava aulas de português para estrangeiros me explicou que muitos dos seus alunos não conseguiam fazer o tal erre (gutural). Ou seja, ela ensinava esse erre como o R português de referência.

Para mim esse erre é um regionalismo que tem crescido em Lisboa e nos meios de comunicação social. Para mim o R é alveolar. Estou errada?

Obrigada