Na pronúncia-padrão de Portugal, a vogal tónica da palavra fêmea pronuncia-se com e fechado. Contudo, há falantes que articulam essa vogal como e aberto, facto que se documenta em observação feita no texto do Acordo Ortográfico de 1990, na Base XI, 3.º:
«Levam acento agudo ou acento circunflexo as palavras proparoxítonas, reais ou aparentes, cujas vogais tónicas/tônicas grafadas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n, conforme o seu timbre é, respetivamente, aberto ou fechado nas pronúncias cultas da língua: académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo; Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea, gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue.»
A pronúncia com e fechado deve-se a razões etimológicas (vem de um E latino longo). Já a articulação do e tónico como e aberto parece ter surgido posteriormente e não tem explicação óbvia, embora encontre paralelo no caso do nome próprio Eufêmia ou Eufémia. É também possível que se deva a analogia com gémea, que em Portugal, tem e aberto.