Nos estudos de gramática, notei que, para substantivar (ou nominalizar) palavras como verbos ou advérbios, amiúde se lhes antepõem artigos masculinos (por exemplo, «um não» ou «o jantar»).
A dúvida que vos apresento, no entanto, refere-se ao pronome pessoal do caso reto eu: se substantivado, o pronome será invariavelmente «o eu», ou, em caso de um sujeito feminino, também poderá ocorrer uma forma feminina («a eu»)? Se, por exemplo, uma personagem feminina desejasse escrever uma carta destinada a ela mesma, mas num tempo futuro, poderia, segundo as normas da língua, começá-la com a frase «Escrevo esta carta à eu do futuro»? Ou seria mais adequado «Escrevo esta carta ao eu do futuro», tal como no caso de uma personagem masculina?
Meus sinceros agradecimentos e felicitações pelo excelente trabalho do Ciberdúvidas!
Existe alguma controvérsia sobre a origem etimológica do termo talefe, enquanto sinónimo de marco geodésico. Terá alguma relação com a palavra telégrafo?
Gostaria de tirar uma dúvida sobre como perguntar as horas. Por exemplo, por norma perguntamos: «Que horas são? São duas da tarde.» Também é correcto* perguntar «Quantas horas são? São duas da tarde»?
Obrigada.
*N.E. Manteve-se a forma "correcto", com "c", anterior à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. A grafia atualizada é correto.
Parece-me que a resposta "Palavras celtas na língua portuguesa" é interessante mas parece bastante incompleta...
Desde logo olhando para a página "Lista de palavras galegas de origem celta" encontro palavras apontadas como de origem celta que conheço: abrunho/abrunheiro, barra, dólmen, dorna, embaixada, menino, bidoeiro/vidoeiro... e várias outras que não são referidas na resposta de Ciberdúvidas acima referida.
Que vos parece?
Preciso criar um termo relativo ao ato ou à produção de slides (aplicado à educação com a noção de produção de slides para apresentação em sala de aula). Pensei em partir da palavra aportuguesa "eslaide" e gerar "eslaidização". Assim, "eslaidização" seria um neologismo viável ou possível na língua portuguesa? Se não for possível, vocês poderiam me propor um novo termo mais ajuste aos padrões de composição lexical?
Obrigado.
Gostaria de saber se existem diferenças consideráveis entre vocabulário e léxico, sobretudo no que tange aos aspectos semânticos. A lista de um "vocabulário" de uma determinada área do conhecimento (teologia < sacramentologia < tipologia < mistagogia, filosofia), poderia significar a formação de um léxico? Existem estudos a respeito?
Gostaria que me esclarecessem acerca da subclasse da forma verbal sospiro [= suspiro], ou seja, se é um verbo transitivo direto/indireto ou intransitivo, no contexto do verso «o por que eu sospiro», presente na cantiga de amigo "Ondas do mar de Vigo".
Grata pela atenção.
Na frase «conheço quem saiba consertar sapatos»:
1.º Como classificar a oração «consertar sapatos»? Completiva não finita?
2.º Qual é o sujeito?
Qual é a frase correta: «Ela nos viu queixar em público», ou «Ela nos viu queixarmo-nos em público»?
Obrigado.
Sei que a expressão haver de + infinitivo é geralmente indicada para referenciar ocorrências futuras, em forma de perífrase. Entretanto, gostaria de saber se casos há em que a supracitada possa fazer menção ao tempo presente, em sentido modal de obrigação, como em: «A dor há de ser (deve ser) a pior das sensações.»
Desde já, muitíssimo grata.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações