O uso de «seja... seja» na coordenação
Na gramática tradicional a expressão «seja...seja» é considerada uma conjunção coordenativa disjuntiva.Todavia, sabemos que as conjunções pertencem a uma classe fechada de palavras e são invariáveis.
Ora, não é o que sucede com a expressão acima referida. Em inúmeras circunstâncias eu posso utilizá-la como forma verbal e flexioná-la. Já ouvi chamar-lhe expressão anafórica, forma verbal correlacional...
A minha questão é afinal a que classe de palavras pertence? Ou depende do contexto e da forma como é utilizada?
Muito obrigada!
Um nome no plural modificado por dois adjetivos no singular: na frase
«...nos domingos anterior e posterior ao Natal»
«...nos domingos anterior e posterior ao Natal»
Trabalho numa casa comercial. No período natalício afixei o seguinte aviso à vista dos clientes:
«À semelhança de anos anteriores, vamos prolongar o horário de funcionamento nos domingos anterior e posterior ao Natal até às 20 horas.»
Vários clientes comentaram que havia alguns erros linguísticos.
Como não quero ter razão só porque insisto ou falo mais alto, gostava que me dissessem se está devidamente bem escrito, ou não, o dito aviso.
Obrigado.
A classificação semântica do verbo acusar
Acusado é um verbo de ação ou processo?
A construção «acompanhar com...»
Desejava saber como se deve construir o verbo acompanhar na acepção de «relacionar-se com», «associar-se a», e na de «ser servido com», falando-se de pratos.
Exemplos: «A Miguela acompanha com um rapaz estranho», «A Miguela acompanha-se com um rapaz estranho», «A feijoada é um prato português e acompanha-se com laranja e arroz branco» e «A feijoada é um prato português e acompanha com laranja e arroz branco.»
Sempre se disse: acompanhar-se com? Modernamente o pronome se caiu? Quais são preferíveis das construções na norma culta portuguesa?
Agradecimentos cordiais do Brasil.
O uso possessivo de lhe II
Gostaria de saber se a frase a seguir está correta no que se refere à regência do verbo morder:
«O cão mordeu-lhe na perna.»
Obrigado.
«Espero que...» seguido de pretérito perfeito composto do conjuntivo
(«tenha corrido bem»)
(«tenha corrido bem»)
Mandei um SMS a uma amiga com o seguinte texto: «Espero que o espetáculo de teatro corresse bem.» Na resposta ela disse que a forma correta era «Espero que o espetáculo de teatro tenha corrido bem».
Eu percebo que a segunda versão é correta, mas podiam-me explicar qual é o problema com a primeira versão?
Obrigado.
«O demais» vs. «tudo o mais»
«Desejar violentamente uma coisa é tornar-se cego para o demais»[, disse] Demócrito, filósofo.
Como se explica gramaticalmente este final de frase «para o demais»? Está correto ou deveria ser substituído para «as demais» ou equivalentes?
[E em] «O brilho dessa paixão torna-o cego para tudo o mais», esse o em «tudo o mais» é obrigatório na gramática normativa?
Função sintática de advérbios
Os chamados advérbios interrogativos modificam toda a oração?
Os advérbios de intensidade podem se ligar a verbos? Exemplo: «Ontem trabalhei muito»?
E o advérbio pode modificar um substantivo? Na pesquisa que fiz há controvérsias quanto a isso.
Grato.
Denominadores múltiplos de 1000, 10 000, 100 000, 1000 000
Nas frações que têm os denominadores múltiplos de 10, de 20 a 90, a leitura pode ser feita também como nos numerais ordinais. O mesmo pode ser feito para múltiplos de 100, de 200 a 900. E os denominadores múltiplos de 1.000, 10.000, 100.000, 1.000.000, etc.?
Gramática e autores literários:
uma dúvida do escritor Augusto Abelaira (1926-2003)
uma dúvida do escritor Augusto Abelaira (1926-2003)
Ouvi falar de uma história em que um autor português, em dúvida sobre um aspeto gramatical, consultou um gramático para o elucidar. O mesmo gramático respondeu-lhe, dando como referência as obras desse mesmo autor.
Gostaria de saber mais pormenores sobre esta história (nomes, datas ou a questão tratado), caso a reconheçam.
Muito obrigado.
