Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Gramática
Clara Stefanello Sakis Estudante Porto Alegre, Brasil 5K

Tenho uma pergunta a respeito do "uso duplo" da partícula se com diferentes funções (primeiro, acredito, como índice de indeterminação do sujeito (ou seria pronome apassivador?) e, em seguida, como parte integrante do verbo (?)). Qual é a forma correta da seguinte frase:

 1.  Deve-se se conformar às leis vigentes.

ou

2. Deve-se conformar-se às leis vigentes.

ou, ainda,

3. Deve-se conformar às leis vigentes. [A opção 3 parece alterar o sentido original da frase].

Conformar-se, aqui, é empregado no sentido de «adequar sua própria conduta a algo».

Muitíssimo obrigada!

Maria Luísa Dias Estudante Porto, Portugal 7K

Na frase «ele é da outra equipa», estamos perante um determinante demonstrativo ou indefinido?

Obrigada.

Mariana Alvarez Professora Porto, Portugal 4K

Gostaria de perguntar porque é que na seguinte frase: «Quando foram dizer a Hagrid que lhes abrisse a janela para poderem falar com ele», o verbo abrir vem no conjuntivo.

Sei que há mais construções de Quando + Verbo + Conjuntivo para além desta, como é o caso de: «Quando quiserem que vos diga o que sei, peçam!»

Mas também há outras construções similares em que isso não acontece, como é o caso de: «Quando disserem que não querem isso...» . No entanto, se mudarmos a frase um pouquinho, já vem no conjuntivo outra vez: «Quando disserem ao Francisco que vos abra a porta...»

Porquê estas diferenças?

Agradecia esclarecimento.

Isabel Barbedo Professora São João das Lampas, Portugal 20K

Na gramática tradicional a expressão «seja...seja» é considerada uma conjunção coordenativa disjuntiva.Todavia, sabemos que as conjunções pertencem a uma classe fechada de palavras e são invariáveis.

Ora, não é o que sucede com a expressão acima referida. Em inúmeras circunstâncias eu posso utilizá-la como forma verbal e flexioná-la. Já ouvi chamar-lhe expressão anafórica, forma verbal correlacional...

A minha questão é afinal a que classe de palavras pertence? Ou depende do contexto e da forma como é utilizada?

Muito obrigada!

Paulo Machado Hotelaria Braga, Portugal 4K

Trabalho numa casa comercial. No período natalício afixei o seguinte aviso à vista dos clientes:  

«À semelhança de anos anteriores, vamos prolongar o horário de funcionamento nos domingos anterior e posterior ao Natal até às 20 horas.»

Vários clientes comentaram que havia alguns erros linguísticos.

Como não quero ter razão só porque insisto ou falo mais alto, gostava que me dissessem se está devidamente bem escrito, ou não, o dito aviso.

Obrigado.

Vasco Pereira Estudante universitário Guimarães, Portugal 2K

Acusado é um verbo de ação ou processo?

José de Vasconcelos Saraiva Estudante de Medicina Foz do Iguaçu, Brasil 5K

Desejava saber como se deve construir o verbo acompanhar na acepção de «relacionar-se com», «associar-se a», e na de «ser servido com», falando-se de pratos.

Exemplos: «A Miguela acompanha com um rapaz estranho», «A Miguela acompanha-se com um rapaz estranho», «A feijoada é um prato português e acompanha-se com laranja e arroz branco» e «A feijoada é um prato português e acompanha com laranja e arroz branco.»

Sempre se disse: acompanhar-se com? Modernamente o pronome se caiu? Quais são preferíveis das construções na norma culta portuguesa?

Agradecimentos cordiais do Brasil.

Carlos Garcia Professor Porto Alegre, Brasil 10K

Gostaria de saber se a frase a seguir está correta no que se refere à regência do verbo morder:

«O cão mordeu-lhe na perna.»

Obrigado.

William Coates Programador Lisboa, Portugal 6K

Mandei um SMS a uma amiga com o seguinte texto: «Espero que o espetáculo de teatro corresse bem.» Na resposta ela disse que a forma correta era «Espero que o espetáculo de teatro tenha corrido bem».

Eu percebo que a segunda versão é correta, mas podiam-me explicar qual é o problema com a primeira versão?

Obrigado.

 

Antonio Claret da Silva Aposentado Carmo da Mata, Brasil 10K

«Desejar violentamente uma coisa é tornar-se cego para o demais»[, disse] Demócrito, filósofo.

Como se explica gramaticalmente este final de frase «para o demais»? Está correto ou deveria ser substituído para «as demais» ou equivalentes?

[E em] «O brilho dessa paixão torna-o cego para tudo o mais», esse o em «tudo o mais» é obrigatório na gramática normativa?