Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Gramática
Cristiano Honório . Portugal 2K

Gostaria de pedir mais informação relativamente ao excerto (que transcrevo) da seguinte resposta:

«A consulente apresenta também um conjunto de frases que incluem a estrutura «por mais que», que se pode considerar entre as introdutoras de orações concessivas. Neste caso particular, são apresentados dois tipos de concessivas: as factuais, como em (19) ou (29) , que apresentam o imperfeito ou o pretérito perfeito do conjuntivo na subordinada e o pretérito perfeito na subordinante: (19) "Por maiores que fossem os problemas, ele não desistiu." (20) "Por maiores que tenham sido os problemas, ele não desistiu". Já a frase que apresenta o mais-que-perfeito do conjuntivo é incorreta, porque o recurso ao mais-que-perfeito do conjuntivo na subordinada aponta para um valor contrafactual que exigiria o uso do mais-que-perfeito composto do indicativo ou o condicional na subordinante: (21) "*Por maiores que tivessem sido os problemas, ele não desistiu."»

Gostaria de saber a que se deve o valor contrafactual de «Por maiores que tivessem sido os problemas». Surge-me esta dúvida porque, segundo percebo, o mais-que-perfeito do conjuntivo pode ser usado em concessivas factuais.

Ex: Embora o tivesse visto, não o cumprimentou.

e a estrutura «por maiores que» também, tal como o demonstra a frase (20) da transcrição.

Sendo assim, é esta combinação concreta da estrutura «Por mais que»' com o mais-que-perfeito do conjuntivo que cria o valor contrafactual?

Poderiam indicar-me, por favor, outras estruturas que, juntamente com o mais-que-perfeito composto, criam este valor contrafactual?

Por outro lado, o imperfeito do conjuntivo admitiria, também, uma leitura contrafactual, caso se usasse o condicional ou o imperfeito do indicativo na subordinante?

Ex: Por maiores que fossem os problemas, ele não desistiria/desistia.

É possível afirmar-se que o imperfeito do conjuntivo tem, em geral, valor contrafactual nos mesmos casos em que o mais-que-perfeito do conjuntivo o tem?

Muito obrigado pelo serviço que o Ciberdúvidas presta, ao qual recorro frequentemente.

Cristiano Honório . Portugal 2K

«Apesar de ter muito dinheiro, é muito avarento.»

«Ainda tendo muito dinheiro, é muito avarento.»

Estas duas frases têm significados semelhantes? A estrutura ainda+gerúndio é concessiva?

Muito obrigado.

Cristiano Honório . Portugal 17K

«A sua presença na inauguração da loja irá valorizar a mesma iniciativa.»

«A sua presença na inauguração da loja irá valorizar a própria iniciativa.»

É possível usar a palavra mesma, como sinónima de própria no contexto apresentado?

Muito obrigado

Diogo Morais Barbosa Revisor Lisboa, Portugal 2K

Na frase «Os Estados Unidos têm a vantagem de estar(em) abertos ao mundo», devemos escrever o verbo flexionado ou no infinitivo?

Obrigado.

Bernardo Monteiro Estudante Porto, Portugal 1K

A estrutura «afigura-se pertinente/imperativo/...» está correta?

Ex: «Neste âmbito, afigura-se pertinente mencionar que a hipálage revela o espaço psicológico de Batola.»

Agradecido.

Paula Lauer Publicitária Lisboa, Portugal 4K

Gostaria de tirar uma dúvida: «subir à Torre Eiffel» ou «subir a Torre Eiffel» – qual é a forma correcta? Ou são as duas?

Muito obrigada.

Ana Santos Tradutora Portugal 15K

Tenho problemas em explicar a falantes não nativos o uso de «ao fim»/«em fim»/«no fim (final) de», quais a principais diferenças entre eles e como usar uns e não outros.

Por exemplo:

«Em fim de tanto esforço, nada conseguimos.»/«Ao final de tanto esforço, nada conseguimos.»

«Em fim de jogo, já é difícil marcar golos./No fim de/o jogo, já é difícil marcar golos.»/«No final do jogo, já é difícil marcar golos./Ao final de jogo, já é difícil marcar golos.»

«O cão já estava ao/no final da vida.»

«Chego sempre muito cansada em fim de dia.»/ «Chego sempre muito cansada no fim do dia.»/«Chego sempre muito cansada ao fim do dia.»/«Chego sempre muito cansada no final do dia.»/«Chego sempre muito cansada ao final do dia.»

Alguns colegas brasileiros usam indiscriminadamente e dizem-me que são totalmente iguais, mas alguns exemplos parecem soar mal.

Qual é a explicação?

Obrigada pela ajuda!

Maria Sousa Professora Porto, Portugal 9K

Qual a forma correta de colocar o pronome na expressão: «vou-me tornando espectadora» ou «vou tornando-me espectadora»?

Obrigada.

[N. E.: No quadro da norma ortográfica em vigor, escreve-se espectador e espetador. A palavra tem, portanto, dupla grafia.]

Eliane Alves dos Santos Rosa Professora Araguari, Brasil 4K

Na expressão cada um, qual a classificação de um?

Tiago Canadinhas Estudante Vila Franca de Xira, Portugal 2K

Em «o guloso do rato», qual a classe de palavras a que pertence guloso?

Trata-se de um adjetivo qualificativo, uma vez que caracteriza o rato («o rato guloso»), ou de um nome, uma vez que é precedido pelo determinante o?