Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Gramática
Sara Santana Professora de Português para Estrangeiros Grândola, Portugal 539

Desde já muito obrigada pelo vosso trabalho.

Ao explicar a uma aluna estrangeira a formação da voz passiva indiquei que geralmente o verbo auxiliar para a formação da voz passiva é o verbo ser. Contudo, expliquei também que apesar de o verbo ser constituir o verbo principal da voz passiva, verbos como estar, ficar, ... combinados com um particípio também podem formar a voz passiva.

A pergunta da aluna foi: «quando é que eu sei se tenho de usar o verbo ser ou o verbo estar

Dado que na língua nativa dela (francês) só existe um verbo com o mesmo significado (être), torna-se mais complicado entender o significado de cada verbo.

Ex.: «A mãe lavou a minha camisola. A minha camisola foi lavada pela mãe. A minha camisola está lavada.»

Para a aluna, faria sentido dizer «A minha camisola esteve lavada...»

Entendo que quando em português usamos o verbo estar, estamos na verdade a deixar claro o resultado da ação, mas acabei por não encontrar nenhuma explicação lógica/prática para esta questão.

Poderiam esclarecer-me, por favor?

Muito obrigada.

Antonio Isabel Economista Lisboa, Portugal 404

Estão corretas as frases «É pena ele tê-la abandonado» e «É pena tu tere-la abandonado»?

Obrigado.

Pedro Miguel Ferreira Machado Desempregado Braga, Portugal 474

É correto dizer «Falaste mais bem dele do que mal» ou dever-se-ia dizer: «Falaste melhor...»?

Efetivamente, o senso comum diz-nos que, quando o verbo não está no particípio passado, se deve dizer melhor. No entanto, no entender de alguns puristas como Sá Nogueira, melhor é comparativo de «mais bom» e nunca de «mais bem», como julgo que afirmam numa das vossas respostas.

Mesmo assim, esta posição será válida?

Tendo fundamento, devemos ser nós mais puristas ou laxistas?

Malgrado a insistência neste tópico que se faz presente nas respostas inúmeras dadas aqui na página, gostaria que me elucidassem (e, se o assunto for polémico e não se importarem, debatessem) as minhas dúvidas.

Um bem-haja a todos os consultores!

Ícaro Gaspar Aguiar Estudante Bahia, Vitória da Conquista, Brasil 536

Pode-se omitir o artigo definido do pronome possessivo, já que, a exemplo, «a minha» e «minha» não diferem em sentido.

Também, há um tipo de elipse que ocorre via pronome possessivo, como na frase «Peguei minha mochila, pegue a sua também» está omitido o termo mochila após «a sua».

Contudo, vem-me à mente às vezes se está correto a omissão do artigo definido do pronome possessivo enquanto há esse tipo de elipse.

Alguns exemplos:

• «Peguei minha mochila, pegue a sua também.» → "Peguei minha mochila, pegue sua também";

• «O folheto dos outros foi entregue, mas o nosso não.» → “O folheto dos outros foi entregue, mas nosso não".

Agradeço a ajuda.

Evandro Braz Lucio dos Santos Professor Santa Quitéria , Brasil 343

Consideremos a frase: «Nós nos aliamos a ele desconfiados.»

A função sintática do termo nos é objeto direto ou objeto indireto? Ou o termo nos não desempenha função sintática, sendo uma parte integrante do verbo?

Obrigado.

Christian Jiménez Estudante Brasília, Brasil 508

«Uma questão importante que se coloca, nesse quesito, segundo o autor, é se os municípios brasileiros poderiam editar leis de cooficialização de línguas em seus territórios, uma vez que, no Brasil, a temática referente ao “idioma oficial” está vinculada aos direitos da nacionalidade, e a competência para legislar sobre tais direitos é privativa da União»

a) [...] uma vez que, no Brasil, a temática referente [...], e [X] a competência para [...]"

b) [...] uma vez que, no Brasil, a temática referente [...], e [QUE] a competência para [...]"'

É necessária a repetição da palavra que quando há duas orações unidas por e após a expressão «uma vez que»?

Obrigado.

Ana González Lisboa, Portugal 471

Na frase «cego pelo ódio», cego desempenha a função de adjetivo?

E «ódio», tem a função de complemento agente da passiva?

Obrigado.

Raquel Ribeiro Consultora de comunicação Lisboa, Portugal 391

Ouço e leio frequentemente a palavra "publicidades", que julgo ser usada por confusão com "anúncios". Sendo a publicidade uma técnica de comunicação que recorre a anúncios, afigura-se-me que o termo "publicidades" não faz sentido.

Afinal, "faz-se publicidade a", não se "faz publicidades a"! O que dizem os especialistas?

O uso do termo "publicidades" é ou não correto?

Obrigada.

Terrence Fraser-Bradshaw Educador Almendralejo, Espanha 527

«Ricardim gosta da música popular» ou «Ricardim gosta de música popular»?

Qual destas frases fica correctamente escrita desde a perspectiva puramente gramatical? Eu optei pela primeira, já que é uma música específica, ou seja, que Ricardim gosta da música popular.

Grato pelas doutas respostas.

Mayara Gomes Estudante Fortaleza, Brasil 320

O uso de «(os)as mais variados(as)» depois do substantivo é um vício ou só estilo?

Exemplo: em vez de «Entender as mais variadas questões», usar «Entender questões as mais variadas».

Grata.