DÚVIDAS

A conjugação pronominal de fiar
Uma pergunta relacionada com a análise sintáctica do verso de Bocage: «Fiei-me nos sorrisos da Ventura». Qual a função sintáctica dos elementos “me” e «nos sorrisos da Ventura»? É o me complemento de objecto directo por estarmos em presença de um verbo reflexo? Neste caso, qual a função de «nos sorrisos da Ventura»? Um complemento circunstancial de causa (pressuponde-se subjacente a expressão de um logro motivado pelos tais sorrisos)? Ou o “me” faz parte integrante do verbo, desempenhando «nos sorrisos da Ventura» a função de objecto directo?
O particípio do verbo agir
Para além de se conjugar com outros verbos («ter agido» na altura certa, por ex.) será que é incorrecto referir-me ao «modo como certas ideias são pensadas e agidas»? Tratando-se de um texto de natureza sociológica, a expressão é muito mais esclarecedora e teoricamente apelativa do que qualquer outra alternativa. Qual a regra que, eventualmente, me poderá impedir este uso da palavra? Obrigado.
A concordância verbal com demonstrativos
Gostaria de ter sua opinião sobre a correção que fiz nestas duas frases de uma crônica que estou revisando: 1) «Waldir Luz, um verdadeiro herói que deixa naqueles que o "conhecemos"a crença de que ainda vale a pena acreditar na humanidade.»Não concordei com o emprego do tempo verbal "conhecemos" nesta frase. No meu ponto de vista deveria ser "conheceram".2) Ele lecionava, atendia com solicitude aos que lhe "fazíamos" consultas sobre vários assuntos...»O mesmo caso. Para mim, "fazíamos" está empregado errado; deveria ser "faziam". Estarei certa ou se trata de concordância ideológica, o que não aceito sem ter uma boa explicação que me convença.Desde já, fico-lhe muito grata.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa