«Indo-a buscar» ou «indo buscá-la»?
Quando se insta alguém a fazer prova de algo é comum ouvir-se: «É necessário um documento em como não tem dívidas...» (por exemplo). É correcto? Não deveria dizer-se «... um documento em que (subentende-se: se declare que) não tem dívidas...»?
Conheço as regras de utilização das formas fracas e das formas fortes do particípio passado. No entanto, se apenas as formas fortes se usam como adjectivos, por que soa tão mal dizer «povo opresso» e melhor «povo oprimido»? E neste caso: «A ferida está infectada» está errado, porque o correcto será «A ferida está/ficou/... infecta», verdade? E no caso do verbo agradecer, utilizado na passiva: «A oferta foi-me grata pelo Pedro»? É que só as formas fortes são usadas na passiva e acompanham o verbo «ser»... Haverá alguma outra justificação para o facto de estas situações (que cumprem as regras, segundo penso) soarem tão mal? Será que o uso incorrecto tão frequente nos faz estranhar o que está realmente correcto?
Outra dúvida prende-se com a distinção de alguns advérbios e preposições, especialmente nos casos de «salvo» e «excepto», que são advérbios de exclusão, mas também são preposições. Embora sabendo que o advérbio depende de outra categoria, que nenhuma outra categoria depende do advérbio e que é isto que distingue o advérbio da preposição, não consigo construir uma frase com aquelas palavras com valor de advérbio... Também sei que a gramática tradicional não considera os advérbios de exclusão, de designação nem de inclusão, assim como a nomenclatura gramatical brasileira, que considera as palavras que são enquadradas naquelas subclasses «palavras denotativas», porque denotam exclusão, inclusão e designação. Será que «salvo» e «excepto» são verdadeiramente preposições e não advérbios? Ou podem encaixar-se em ambas as classes? Nesse caso, como as distinguimos?
Peço o favor de me informarem se as frases mencionadas abaixo estão correctas. As pragas já existem por séculos. As pragas já existem há séculos. Muito obrigado.
A palavra bidiário existe? Se sim, o quer dizer? Quer dizer duas vezes por dia ou de dois em dois dias?
Vivam os CTT e a Vodafone (nunca pensei dizer isto!).Bem-vindos. Temo que vou abrir um novo grupo de perguntas: Como designar um espectáculo que se vai fazer na rua, de outra maneira que não "arruada"? Gostaria também que discorressem um pouco sobre as expressões com repetição de palavras:"... se se tem feito diferente..."; ou"... o que ela verdadeiramente é é uma beauté du diable!" [Equador; Miguel S. T.] Como livrar-nos delas? Agradecidos cumprimentos.
Numa resposta vossa de 11/06/01, com o título "Complemento nominal e adjunto adnominal, de novo" lê-se textualmente "finalmente "resposta ao aluno" equivale a "ao aluno foi respondido...", "a resposta foi dada ao aluno", e trata-se também de um complemento nominal, objectivo indirecto ou terminativo".Quando se dão estas três designações? Elas são simultâneas? Isto é: pode um complemento objectivo indirecto (complemento de um verbo) ser simultaneamente considerado complemento nominal (complemento de um nome)? Ou as diferentes designações correspondem às diferentes formulações da frase?Penso que a explicação será esta última, mas como não fica claro na vossa resposta, agradecia que me elucidassem.
Sou docente do Curso de Informática da Universidade Aberta, e costumo caracterizar o tipo de ensino que praticamos nesta Universidade como «ensino à distância», mas recentemente ouvi dirigirem-se a este tipo de ensino como «ensino a distância», com base na tradução de francês ou espanhol (?).
Gostaria de saber a vossa opinião sobre as duas formas referidas para expressar este conceito.
Muito obrigada.
Faz sentido utilizar o verbo aparecer na frase: «pessoa X apareceu morta»? O verbo aparecer indica movimento, um morto não produz movimento. Não seria mais correcto «foi encontrada morta»?
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