Em «Mandou-me ficar onde estava», qual a função sintática dos diferentes constituintes da frase?
Se «ficar onde estava» é complemento direto de «mandou», então «onde estava» é predicativo do sujeito?
Recentemente, deparei-me com a seguinte dúvida: «daquele» ou «naquele lado»?
Por exemplo, escreve-se «A mesa fica bem daquele lado da cozinha» ou «A mesa fica bem naquele lado da cozinha»?
A minha intuição diz-me que naquele (em + aquele) seria o mais correto, mas gostava de saber a vossa opinião.
Muito obrigado e continuem com o excelente trabalho do Ciberdúvidas!
O Livro do Desassossego é referido como sendo um "ur-livro".
Neste contexto, é correta a interpretação de ur como tendo o significado de proto? Qual a origem etimológica desta partícula?
Obrigado.
Na peça teatral Três em Lua-de-Mel (uma sátira ao Frei Luís de Sousa) da autoria de Henrique Santana e Francisco Ribeiro (Ribeirinho) em que a protagonista é casada com dois homens, um outro personagem faz-lhe reparo que «isso é um caso de biandria e portanto, pode ser presa».
A minha pergunta é: existe o vocábulo "biandria"?!
Sei que o prefixo indica dois, mas não consigo encontrar a palavra em nenhum dicionário nem na Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.
Obrigado pela vossa disponibilidade.
Há pouco tempo li alguns excertos do Regulamento para a policia e exploração dos caminhos de ferro... (Lisboa, 1868).
Aqui é utilizada a palavra trem e existe o chefe de trem. Mas no mesmo manual, que estava distribuído a todos os trabalhadores ferroviários, também aparece a palavra comboio, aparentemente com um significado ligeiramente diferente. Portanto houve um período em que se utilizou em Portugal a palavra trem.
Por exemplo, aparecem os dois termos nesta frase:
«Na testa do trem, e a seguir ao tender, irão tantos wagons que não transportem passageiros quantas as locomotivas que rebocarem o comboio […]; as carruagens e wagons que entrarem na composição de um trem de passageiros serão ligados de maneira que as almofadas de choque estejam em contacto.»
Como estudiosos da língua portuguesa saberiam indicar a diferença(s) que neste período era atribuída à definição de trem e comboio em Portugal?
Obrigado.
Vi na televisão a seguinte frase numa legenda, que julgo ser incorrecta[*]: «Não vamos ir».
Agradecia um comentário, perante a atitude de um colega que a defendeu e não aceitou os meus argumentos.
Desde já grato.
[* N. E. – O consulente adota a norma ortográfica de 1945.]
Escreve-se numa resposta anterior à mesma questão que «Considerar a palavra Homem para representar toda a humanidade é já controverso».
Pondo de lado a questão mais ideológica e cingindo-nos à linguagem falada já desde o «homo» latino, gostaria de saber, por favor, se a palavra deve ser grafada com inicial maiúscula ou minúscula.
Obrigado.
Desejava saber se determinadas construções que têm baixa ocorrência na língua do povo, como, por exemplo, a mesóclise, continuam a fazer parte da língua materna desse mesmo povo.
[...] Precisava de uma bibliografia, no caso de haver linguistas que se contraponham à opinião de David Crystal presente no seu dicionário A Dictionary of Linguistics and Phonetics quanto à língua materna.
A meu ver, é uma loucura considerar-se como língua materna o repertório de usos e construções de uma criança de 5/6 anos.
Muito obrigado!
Gostaria de saber se a onomástica [«ciência que estuda a etimologia, as transformações e a classificação dos nomes próprios»] pode tratar dos nomes de família, ou se isso faz parte unicamente do domínio da patronímia.
A origem desta dúvida advém de alguma informação contraditória que encontrei a respeito da definição de nome próprio enquanto antropónimo.
Ensinaram-me que o nome próprio se refere unicamente ao nome de batismo (ou prenome). No entanto, no dicionário da Priberam, vejo que a definição do termo antropónimo é «[n]ome próprio de pessoa (ex.: Antónia, Francisco, Pedro, Fernandes, Mendes)» – isto é, segundo o Priberam, os nomes de família (Fernandes, Mendes) também são considerados nomes próprios.
Além disso, na definição de nome próprio no Wikipédia temos: «As pessoas recebem como nome próprio um ou mais prenomes e um ou mais sobrenomes ou apelidos de família.»
Grato pela vossa atenção.
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