A ideia de «génio da língua» parece remontar ao século XVII e diz respeito às características que individualizam uma língua por oposição às outras.
Ao que parece, esta ideia associava-se a outra, a de que as línguas eram organismos, com nascimento, maturação e morte, com certa autonomia em relação às comunidades que as falavam. Contudo, sabemos hoje que as línguas são códigos intimamente implicados na cultura das comunidades falantes.
Nada disto invalida a noção de «génio da língua», que pode ainda hoje ser útil para identificar os padrões estruturais e de uso de uma língua.
Sobre o tema, sugerimos uma leitura em inglês, que serviu de apoio a esta breve resposta – trata-se de um artigo do linguista britânico Chris Pountain, intitulado "The Genius of Language", uma palestra dada na Universidade de Newscastle-upon-Tyne, em 28/11/2007.