Existem diferenças assinaláveis entre o português europeu (PE) e o português do Brasil (PB) que podem ser facilmente identificáveis por um algoritmo. Todavia, até à data, desconhece-se a existência de um programa específico capaz de fazê-lo.
Os dados de ambas as variedades evidenciam que existem diferenças ao nível da sintaxe, da morfologia, da fonética e fonologia, da semântica e do léxico, que aplicadas a um conjunto de operações e sequências informáticas, poderão permitir desenvolver um algoritmo capaz de distinguir ambas as variedades pelo menos nos seus traços mais gerais e mais marcados.
Tomando como referência os programas informáticos usados na tradução e disponíveis na internet, por exemplo Google Tradutor, Deepl Translate e o tradutor do Cambridge Dicionary, observa-se que ainda não existe uma distinção marcada entre o PE e o PB. Contudo, no caso de inglês, alguns destes programas já fazem a distinção entre o inglês americano e o inglês britânico, o que indica que já existem algoritmos capazes de distinguir diferentes variedades de uma língua, mas que ainda não foram aplicados ao português.